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77,4% das novas empresas do Brasil não têm funcionários, aponta IBGE

Maioria dos negócios é tocada por sócios ou donos. Apenas 20,5% têm de uma a nove pessoas assalariadas, e 2%, dez ou mais

Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7

Homens responderam pela maior parte dos vínculos empregatícios nas empresas: 60,6%
Homens responderam pela maior parte dos vínculos empregatícios nas empresas: 60,6% Homens responderam pela maior parte dos vínculos empregatícios nas empresas: 60,6%

A maioria das empresas abertas no Brasil tem apenas sócio ou proprietário e não dispõe de funcionários. É o que aponta o levantamento Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado nesta sexta-feira (22).

De acordo com a pesquisa, que traz os dados mais atualizados sobre o empreendedorismo no país, do total de 947.311 empresas que entraram no mercado, em 2019: 

77,4% (733 530) não tinham pessoal ocupado assalariado, mas apenas sócios ou proprietários;

20,5% (194 647) possuíam de uma a nove pessoas assalariadas; e

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2% (19.134), dez ou mais pessoas.

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No mesmo período, foram registradas 656.372 saídas (fechamentos) de empresas. A maioria, 515.076 (78,5%), sem funcionários, além de:

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135.332 (20,6%) com uma a nove pessoas; e

5.964 (0,9%) com dez ou mais pessoas.

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Os dados, coletados do Cempre (Cadastro Central de Empresas), do IBGE, também mostram que em 2019 o país contava com 4.683.840 empresas registradas, sendo que:

49,3% (2.309.212) não tinham funcionários;

40,7% (1.908.402) com uma a nove pessoas; e

10% (466.226) com dez ou mais pessoas.

Desse total computado no ano, 3.736.529 são classificadas como "sobreviventes", ou seja, estão em atividade desde 2012.

Empresas ativas empregam 39,7 milhões

As empresas ativas em 2019 empregavam 39,7 milhões de pessoas ocupadas, das quais 33,1 milhões (83,3%) como assalariadas e 6,6 milhões (16,7%) na condição de sócios ou proprietários.

Os salários e outras remunerações pagos por essas entidades totalizaram R$ 1,1 trilhão, com um salário médio mensal de 2,5 salários mínimos (R$ 2.750).

A idade média das empresas era 11,7 anos.

O estudo destaca que os movimentos de entrada e saída do mercado têm impacto expressivo não apenas no número de empresas (principalmente na faixa de zero a nove pessoas ocupadas assalariadas), mas também no número de pessoas ocupadas.

Em especial sócios ou proprietários, uma vez que, com as entidades entrantes, em 2019, houve acréscimo de 2,1 milhões de pessoas ocupadas, das quais:

1 milhão (48,6%) eram pessoas ocupadas assalariadas; e

1,1 milhão (51,4%), sócios ou proprietários.

Entre as que saíram, por sua vez, houve uma redução de 1,3 milhão de pessoas ocupadas, sendo que:

438,9 mil (34,7%) eram pessoas ocupadas assalariadas; e

826,6 mil (65,3%) eram sócios ou proprietários.

Homens são responsáveis por maioria de vínculos empregatícios

Em 2019, os homens responderam pela maior parte dos vínculos empregatícios nas empresas, com 60,6%, em comparação aos vínculos de mulheres, 39,4%.

Além disso, essa composição por sexo foi semelhante entre os eventos demográficos: as participações das mulheres nos eventos de sobrevivência, entrada e saída das empresas foram, respectivamente, 39,3%, 41,3% e 42,7%.

Por outro lado, a análise do nível de escolaridade revelou um perfil de empregados distinto por eventos demográficos, com menor participação dos mais escolarizados nas empresas que estavam entrando e saindo do mercado (8,4% e 7,5%, respectivamente) do que entre as sobreviventes (14,7%).

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