A caderneta de poupança registrou saque líquido de R$ 19,666 bilhões em janeiro, o maior resgate já observado para todos os meses da série histórica iniciada em 1995, mostraram dados do Banco Central nesta sexta-feira (4).
Desse total, os saques superaram os depósitos no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) no valor de R$ 15,668 bilhões. Já na poupança rural, as saídas foram de R$ 3,988 bilhões.
O fluxo de recursos na poupança apresentou uma reversão de sentido em 2021, passando a acumular retiradas significativas. Em 2020, havia sido registrada uma captação recorde de mais de R$ 166 bilhões, impulsionada pelo pagamento do auxílio emergencial e pelo baixo nível da taxa básica de juros, o que aumentou a competitividade da poupança perante outros investimentos.
Em 2021, com a retirada do auxílio emergencial e o agressivo aperto monetário implementado pelo Banco Central, houve um saque líquido de R$ 35,5 bilhões.
Com os juros básicos da economia acima de 8,5% ao ano (a Selic está agora em 10,75%), os depósitos na poupança voltaram a ter rendimento fixo de 0,5%, ou 6,17% ao ano, acrescido da taxa referencial (TR), o que deixa a remuneração mais baixa do que outros investimentos de renda fixa.