Oito em cada dez brasileiros têm celular, segundo IBGE, e são potenciais clientes
FreepikO celular, presente na vida de oito em cada dez brasileiros, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ganhou mais uma função a partir de agora.
A Serasa eCred, em parceria com a SuperSim, começaram a aceitar o aparelho como garantia para empréstimo pessoal de R$ 50 a R$ 2.500.
A nova modalidade começou a ser oferecida em junho deste ano e em um mês e meio de operação as empresas receberam quase 90 mil pedidos da linha de crédito.
O empréstimo pode ser feito em até 12 meses com taxa a partir de 12.9% ao mês.
Amanda Rapouzo, gerente da Serasa, acredita que usar o celular como garantia de crédito é uma tendência.
Para Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), com uma taxa tão elevada não justifica dar o celular como garantia para um pedido de empréstimo.
Para Daniel Shteyn, presidente da SuperSim, "a modalidade de crédito com garantia de celular é a única maneira de promover inclusão financeira a quem possui dificuldade em conseguir empréstimos pelos meios tradicionais, principalmente por estar negativado.
Os juros das operações de crédito voltaram a ser elevadas em julho.
A taxa média registrou uma elevação de 1,01%, passando a taxa de juros de 5,93% ao mês (99,63% ao ano) em junho, para 5,99% ao mês (100,99% ao ano) em julho.
O patamar é o maior apurado desde dezembro de 2019 (6,52% ao mês – 113,39% ao ano).
Para Oliveira, as altas podem ser atribuídas a quatro fatores:
• Aumento dos juros futuros;
• Expectativa de novas elevações da taxa básica de juros frente a uma inflação maior;
• Provável elevação dos índices de inadimplência; e
• Anúncio das elevações dos impostos das instituições financeiras da CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) em 2021.
Oliveira entende que “essa provável inadimplência pode ocorrer pelos seguintes motivos:
• Fim das carências nos empréstimos (pausas e carência nas negociações de dívidas);
• Desemprego elevado;
• Fim do pagamento dos auxílios emergenciais;
• Elevação da inflação e seus efeitos na renda;
• Maior seletividade dos bancos na concessão de crédito.
Para os próximos meses, Oliveira, acredita que a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito continuem sendo elevadas.
O motivo, segundo ele, é uma possível piora do cenário econômico com maior risco de crédito e da elevação da inadimplência, bem como com as prováveis novas elevações da taxa básica de juros (Selic) frente a uma inflação maior.
A seguir, confira as elevações das taxas médias de juros praticadas em julho:
Houve elevação de 0,83%, passando de 4,80% ao mês (75,52% ao ano) em junho para 4,84% ao mês (76,33% ao ano) em julho.
A taxa é a maior desde outubro de 2019 (4,88% ao mês – 77,14% ao ano).
Foi registrada alta de 1,65%, passando de 12,10% ao mês (293,79% ao ano) em junho, para 12,30% ao mês (303,31% ao ano) em julho.
É a maior elevação desde abril de 2018 (12,39% ao mês – 306,19% ao ano).
A pesquisa apontou elevação de 0,41%, passando a taxa de 7,35% ao mês (134,22% ao ano) em junho, para 7,38% ao mês (135,01% ao ano) em julho.
A taxa é a maior desde dezembro de 2019 (11,57% ao mês – 272,02% ao ano).
Houve uma elevação de 1,30%, passando a taxa de 1,54% ao mês (20,13% ao ano) em junho, para 1,56% ao mês (20,41% ao ano) em julho.
Com isso, a taxa tornou-se maior desde julho de 2019 (1,57% ao mês – 20,56% ao ano)
Constatou-se um aumento de 1,19%, passando de 3,36% ao mês (48,67% ao ano) em junho, para 3,40% ao mês (49,36% ao ano) em julho.
A taxa é a maior desde novembro de 2019 (3,42% ao mês – 49,71% ao ano).
Foi registrada alta de 0,78% passando a taxa de juros de 6,43% ao mês (111,24% ao ano) em junho, para 6,48% ao mês (112,43% ao ano) em julho.
A taxa deste mês é a maior desde novembro/2019 (6,52% ao mês – 113,39% ao ano).