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Como aproveitar Copa, Black Friday e fim de ano sem se endividar

Especialistas dão dicas para aproveitar os eventos do fim do ano sem comprometer o orçamento de 2023

Renda Extra|Do R7

Movimento do comércio no centro de Campinas (SP)
Movimento do comércio no centro de Campinas (SP) Movimento do comércio no centro de Campinas (SP)

O fim do ano costuma ser uma época movimentada na vida financeira dos brasileiros. Se já não bastassem as festas de Natal e Réveillon, os dois últimos meses de 2022 ainda vão contar com mais uma edição da Black Friday, além da Copa do Mundo do Catar.

Um estudo feito pela plataforma de descontos CupomValido.com.br, com dados das plataformas Statista e SEMRush, revela que o Brasil é o terceiro país do mundo que mais faz pesquisas sobre a Black Friday. O interesse dos brasileiros pelo famoso dia de descontos, criado inicialmente nos Estados Unidos mas popularizado em vários países, é três vezes acima da média mundial.

A pesquisa mostra que, em 2021, a data comercial movimentou mais de R$ 4,2 bilhões, com o valor médio de cada pedido tendo se aproximado de R$ 750. Se imaginarmos que a Black Friday está marcada para a sexta-feira (25), um dia após o jogo de estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo, um dos eventos preferidos no “país do futebol”, dá para ter uma ideia de que o fim do ano promete emoção — além de novos gastos.

Mas vai ser preciso cuidado na hora de aproveitar todos esses eventos sem comprometer o bolso e as finanças em 2023, principalmente na reta final de um ano marcado pela inflação e pelos juros em alta.

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“Querer aproveitar todas essas oportunidades sem se endividar e sem comprometer o orçamento do ano que vem pode ser uma expectativa tão difícil de se concretizar quanto a de comer tudo o que quiser nas festas de final de ano sem comprometer a calça jeans”, compara Carol Stange, educadora de finanças pessoais.

Na visão da especialista, o momento vai exigir equilíbrio dos consumidores. Principalmente daqueles que acabaram 2022 no vermelho. “Se estamos falando de alguém que acumulou dívidas no ano, talvez seja a hora de equilibrar as receitas e despesas, para entrar em 2023 de forma mais tranquila”, diz.

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Para não deixar que a emoção dos eventos tome conta das finanças pessoais, veja as dicas de educação financeira que podem ajudá-lo a passar pelo período sem sufoco.

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O 13º como aliado

Trabalhadores com carteira assinada recebem no fim do ano o 13º salário, pago em duas parcelas. A primeira parte do dinheiro deve cair na conta até 30 de novembro, enquanto a segunda pode ser paga até o dia 20 de dezembro. Um valor importante que pode, e deve, ser aliado das contas. Aqui, contamos mais como aproveitar o 13º para investir.

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Para Lai Santiago, educadora financeira da fintech Open Co, o 13º pode ajudar o consumidor a aproveitar todos os eventos do fim do ano. No entanto, primeiro é preciso arrumar a casa. “Antes de tudo, quite as suas dívidas e contas em atraso com esses valores”, diz.

A dica da educadora é tentar negociar descontos, seja diretamente com os credores, seja em feirões do Serasa destinados a limpar o nome. Depois disso, é hora de separar uma parte para pagar as contas que surgem no início do ano, como IPVA e IPTU. “Aproveite também para fazer uma revisão geral do orçamento e avaliar o que pode ser cortado, tipo a plataforma de streaming em que você não vê nada”, orienta.

A partir daí, avalie se a sua reserva de emergência precisa de uma recomposição. Com tudo nos eixos, é hora de aproveitar. “Vá comprar presente, viajar, curtir o final de ano e a Copa. Só não deixe o espírito do ‘eu mereço’ aparecer antes de resolver os outros pontos”, aconselha Santiago.

Escolha suas prioridades

Com tantos eventos no radar, é preciso escolher aquilo que será prioridade — do seu tempo e do seu dinheiro. Vai assistir aos jogos da Copa? Escolha alguns para acompanhar de casa. Precisa comprar alguma coisa? Aproveite a Black Friday para aquilo que é mais urgente; o superficial pode ser adiado.

Mas, para quem não quer abrir mão de nenhum evento, outra dica é estabelecer limites de gastos para cada um. “Assistir aos jogos da Copa em um bar com amigos, ou com a turma em casa, cada um levando suas bebidas? Comprar roupas novas para o Réveillon, ou customizar uma que você já tenha?”, orienta Adriana de Arruda, planejadora financeira da Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro).

Para organizar as finanças nesse período, a planejadora defende que é importante não se endividar para consumir, ou seja, não usar cheque especial nem fazer empréstimos apenas para aproveitar essas datas.

Planeje com antecedência

Para quem já está de olho nas férias de fim de ano, é melhor correr contra o relógio. Nesses casos, planejar a viagem e os gastos com antecedência é a melhor opção. “Tudo o que sai de uma rotina precisa ser muito bem programado”, diz Eduardo Reis Filho, educador financeiro e especialista de investimentos da Ágora Investimentos. Contamos nesta reportagem quanto custa passar o fim de ano nos três melhores resorts do Brasil.

O especialista aconselha reservar recursos de acordo com a quantidade de dias destinados à viagem, levando-se em conta gastos com alimentação, hospedagem, passagens e passeios. E também uma reserva para pequenas emergências, como um pneu furado, um pedágio não conhecido, qualquer outro imprevisto ou até mesmo suvenires. “O importante é determinar valores máximos de gastos, para não cometer exageros”, destaca.

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