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Como ficam os investimentos com a nova alta da taxa de juros

Com a elevação de 0,50 ponto na taxa Selic, a rentabilidade dos investimentos de renda fixa fica ainda mais atraente

Renda Extra|Do R7. com Agência Estado

Pós-fixados acompanham o aumento da taxa básica e ainda garantem liquidez
Pós-fixados acompanham o aumento da taxa básica e ainda garantem liquidez Pós-fixados acompanham o aumento da taxa básica e ainda garantem liquidez (José Cruz/Agência Brasil)

Com inflação e juros em alta, investimentos de renda fixa, como LCIs, CDBs e Tesouro Selic, são os mais indicados, porque acompanham o aumento da taxa básica e ainda garantem liquidez. Mas é importante considerar a projeção da alta dos preços para verificar se o investimento terá um rendimento que supere a perda inflacionária e ainda sobre dinheiro no bolso.

Nesta quarta-feira (15), o Banco Central anunciou a elevação da taxa báxica de juros Selic para 13,25% ao ano. A elevação de 0,50 ponto percentual não será a última alta do ciclo, como sinalizou a instituição em comunicado. Por isso, esses investimentos podem ser usados como reserva de emergência.

A orientação é do economista Fabio Louzada, analista CNPI e fundador da escola Eu Me Banco. Ele recomendo ativos de até dois anos, com liquidez diária e retorno próximo a 100% do CDI. "O prefixado de longo prazo para garantir taxa em mais de 12% é opção bem interessante também", afirma.

Para Louzada, a taxa vai voltar a cair nos próximos meses, por isso pode ser bom negócio garantir um prefixado pagando cerca de 13% ao ano.

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"Você pode sofrer marcação a mercado se não deixar o dinheiro rendendo até fim do prazo, então precisa tomar cuidado e ter consciência de que é um título de longo prazo. Já para curto prazo, o risco de a inflação passar a taxa do prefixado é maior. Acredito que o prefixado vale mais no longo prazo. Essa taxa em cerca de 13% é muito boa e atrativa, principalmente comparando com juros de outros países", avalia o economista.

Já Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil, escritório credenciado da XP Investimentos, defende que os títulos prefixados passam a ficar interessantes nesse cenário. "A inclinação da curva de juros futuros mostra que o mercado já está precificando uma potencial queda da taxa Selic no curto prazo em função do arrefecimento da inflação e sinalização do Copom, então prefixados podem se mostrar interessantes", orienta Alves.

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Veja como se comportam os investimentos no atual cenário

Igor Cavaca, head de gestão de investimentos na Warren Asset, lembra que quem quer segurança e liquidez deve optar por pós-fixados atrelados à Selic ou ao CDI.

Já quem tem a possibilidade de ficar preso no mesmo investimento por mais tempo pode optar pelos títulos atrelados à inflação, que premiam mais aqueles que carregam os papéis até o fim do prazo. Os prefixados podem performar bem se houver queda dos juros, mas ainda não se sabe quando o BC vai reduzir a Selic.

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• Poupança - A rentabilidade da poupança tem um teto. Segundo a regra do BC, quando a Selic está abaixo de 8,5% ao ano o rendimento da poupança é de 70% da Selic mais a taxa referencial (TR), que está zerada. Quando a taxa básica de juros é superior a 8,5% ao ano, o rendimento da poupança passa a ser de 0,5% ao mês mais a TR . Ou seja, mesmo com o atual aumento da Selic, a poupança já atingiu o seu teto e não vai render muito mais do que antes.

• CDB - É possível encontrar CDBs indexados a taxas flutuantes, como o CDI, que segue o movimento da Selic. É um momento interessante para o investidor pessoa física, já que possui seguro FGC. A remuneração encontrada atualmente é menor que em anos anteriores, por causa do aumento da CDI, mas ainda é possível encontrar remunerações acima de 100%, além da liquidez diária.

• Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA) - Esses ativos têm risco de crédito adicional, porque são atrelados ao tipo de ativo em que eles investem e do emissor. O único lastro são os bens, não têm um banco por trás. Pagam um pouco mais que CDB e possuem isenção de IR para investidor de varejo.

• Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (Fidc) - É um fundo bastante parecido com a dinâmica dos CRIs e CRAs. Oferecem mais risco ao investidor, mas também por isso pagam remunerações mais elevadas. Esses fundos trabalham com emissores menores, mais suscetíveis a choques, e isso pode dar default (calote). Não é garantido pelo FGC.

• LCI e LCA - Entram no mesmo caso do CDB, mas pagam um pouco menos. Têm cobertura FGC e isenção para pessoa física, são emitidos por bancos para financiar obras no setor imobiliário e de agronegócio.

Fundos DI - Composto por títulos públicos indexados pelo CDI e possuem baixo risco, pois investem em títulos do governo.

• Fundos imobiliários - Os fundos de tijolo (que investem em imóveis) acabaram caindo e não se recuperando na mesma velocidade. São mais cíclicos (quando a economia vai bem, eles vão bem) porque eles são afetados pela taxa de vacância, não pagamento de aluguéis e afins. Já os fundos de papel compram CRIs e estão mais pulverizados, porque cada fundo vai se diversificar em um monte de CRIs, mas ainda segue com risco de emissor. Eles são corrigidos por indicadores, em geral IPCA ou IGP-M + taxa de juros. Se você tiver inflação alta e IGP-M altos, em geral, você consegue corrigir o seu recurso e ter um retorno real em uma taxa um pouco mais alta.

• Fundos multimercado - Esses fundos performaram muito bem no início deste ano por causa da expectativa da política monetária. São os mais arriscados, mas também podem trazer mais retornos. O investidor precisa ter perfil moderado ou arrojado para acessar esses ativos.

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