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Desconto do IPTU varia de 3% a 10%; saiba se vale a pena parcelar ou pagar valor à vista

Especialistas em finanças explicam o que deve ser considerado na hora de decidir a forma de pagamento do imposto municipal

Renda Extra|Johnny Negreiros, do R7*

Em São Paulo, pagamento do tributo deve começar a ser feito em fevereiro
Em São Paulo, pagamento do tributo deve começar a ser feito em fevereiro Em São Paulo, pagamento do tributo deve começar a ser feito em fevereiro

O pagamento à vista do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) tem descontos que variam entre 3% e 10%, dependendo do município. No entanto, o parcelamento do valor em até dez vezes também é uma opção.

Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis já começaram a enviar notificações para seus contribuintes. No caso de São Paulo, o vencimento da primeira parcela ou cota única será a partir de 1º de fevereiro, exceto para contribuintes que optaram para o envio para administradoras, cujo vencimento será no dia 20 de março.

Os descontos para o pagamento à vista nessas capitais são de 7% no Rio de Janeiro, 10% em Curitiba, 10% em Florianópolis e de 3% em São Paulo.

Para Liao Yu Chieh, educador financeiro do C6 Bank, quitar o IPTU à vista ou distribuir esse compromisso financeiro em parcelas mensais ao longo do ano depende de dois fatores. O primeiro deles é se há dinheiro guardado para gastos de emergência.

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“A opção de pagar à vista pode ser boa para quem tem dinheiro disponível, está com o orçamento equilibrado e já compôs uma reserva de emergência para cobrir imprevistos, como um carro quebrado ou despesas médicas”, observa Liao.

A educadora financeira Bruna Allemann, da Acordo Certo, também concorda em não mexer na reserva de emergência para esse tipo de pagamento. "Aqueles que não têm reserva não deveriam nem pensar nisso. Mesmo que o desconto seja alto, precisam olhar para os custos ao longo do ano, e esse dinheiro pode ser o caminho para se apertar e se endividar", alerta Bruna.

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O segundo fator que deve ser considerado é saber quanto esse dinheiro renderia se fosse investido. Segundo Liao, o pagamento parcelado é mais vantajoso quando a taxa básica da economia brasileira está alta, como agora (13,75% ao ano), o desconto é baixo e o número de parcelas é grande.

“Em casos assim, compensa mais investir o dinheiro que seria direcionado ao pagamento total do imposto e, mensalmente, fazer resgates para pagar o tributo parcelado", afirma Liao.

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O educador financeiro fez um cálculo que mostra exatamente quando o desconto oferecido é vantajoso para não parcelar em dez vezes e pagar o IPTU à vista: 4,62%. A conta já tira 20% de Imposto de Renda e estima um CDI constante de 13,54% ao ano para remunerar a aplicação.

Sendo assim, segundo ele, pagar o IPTU à vista é vantajoso em cidades como Rio de Janeiro (7%), Curitiba (10%) e Florianópolis (10%). Já em São Paulo, em que o desconto é de apenas 3%, é mais vantajoso financeiramente parcelar o pagamento.

Mesmo nas cidades em que é melhor parcelar, Liao diz que o contribuinte deve priorizar o pagamento à vista se for uma pessoa com dificuldade para organizar as contas.

“Para quem tem dinheiro guardado e é do tipo que se esquece de pagar os boletos dentro do prazo, é melhor pagar à vista. A vantagem, nesse caso, é tirar a dívida da lista de pendências financeiras e evitar o risco de esquecer de pagar alguma parcela e incorrer em juros e multa.”

Nesse sentido, Bruna Allemann ressalta que o contribuinte não pode esquecer que o parcelamento do IPTU "entra nas contas fixas da família" e é "um custo recorrente e anual".

Quanto renderia

Liao simulou quanto sobraria na conta de um contribuinte de São Paulo se pagasse um IPTU de R$ 1.000 à vista ou se investisse em um fundo de renda fixa CDB, o mais comum no mercado. Nele, o investidor ganha um valor todo mês, com baixo risco de sofrer calote.

À vista: contribuinte paga R$ 970 à vista e fica com R$ 30 do desconto.

IPTU parcelado + investimento de R$ 1.000: depois de pagar as parcelas, ainda sobrariam R$ 51,35.

* Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas

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