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Foi vítima de golpe de pagamentos por aproximação? Veja o que fazer

Alguns procedimentos podem ser adotados para aumentar a segurança desse meio de pagamento e evitar fraudes

Renda Extra|

Meio de pagamento deve representar 50% das negociações presenciais com cartão
Meio de pagamento deve representar 50% das negociações presenciais com cartão Meio de pagamento deve representar 50% das negociações presenciais com cartão

Os pagamentos por aproximação cresceram 474% nos primeiros três meses de 2022 e, ao longo do ano, devem representar 50% das negociações presenciais com cartão de crédito, segundo a Abec (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). Se por um lado a modalidade traz praticidades, por outro o consumidor pode estar exposto a golpes.

Como a operação depende da aproximação do cartão, os criminosos escondem as maquininhas em bolsas e mochilas. Aproveitando-se de que a digitação da senha é dispensada até compras de R$ 200, eles procuram as vítimas com cartões na modalidade habilitada para furtar dinheiro a partir de uma falsa transação.

“Isso vem ocorrendo em locais de comércio ou com grande frequência de pessoas, porque assim permite que o fraudador passe despercebido para subtrair o valor”, afirma Thiago Chinellato, delegado da divisão de Crimes Cibernéticos de São Paulo.

Em nota, a Abecs afirma que “não tem qualquer registro de casos de golpe em que o criminoso supostamente se aproximaria da vítima com uma máquina de cartão escondida, valendo-se de ambientes lotados para capturar transações indevidamente”. O texto acrescenta que a tecnologia garante “agilidade e segurança às transações, reduzindo filas e otimizando fluxos em lojas, serviços, transporte público e pedágios”.

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No entanto, dados do Procon de São Paulo mostram o registro de 407 reclamações relacionadas aos pagamentos por aproximação entre julho de 2021 e maio de 2022. Somente nos primeiros cinco meses deste ano, o estado de São Paulo somou 184 ocorrências.

O que fazer diante dessa situação?

Segundo Ione Amorim, coordenadora do Programa de Serviços Financeiros do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), e Henrique Lian, diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Proteste, existem alguns procedimentos que devem ser adotados pelas vítimas do golpe de pagamentos por aproximação.

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Segundo os especialistas, a prioridade é registrar um boletim de ocorrência, notificar a empresa do golpe, contestar a compra e solicitar o estorno. Em caso de negativa do pedido de ressarcimento, é possível abrir contestação no Banco Central e/ou procurar uma entidade de defesa do consumidor, como o Procon.

Caso a recusa da instituição financeira persista, a pessoa pode recorrer aos Juizados Especiais Cíveis pelos baixos valores envolvidos nas transações.

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Segundo Ione Amorim, rastrear o destino do recurso roubado não é uma tarefa simples. “Então, é importante guardar o máximo de informações possíveis, como onde você estava e horários, para contribuir com as investigações”, indica.

A coordenadora do Idec ainda afirma que as pessoas precisam ser orientadas para usar a tecnologia por aproximação, mas a responsabilidade pela segurança do serviço é da empresa. “O próprio Código de Defesa do Consumidor fala sobre a responsabilidade do fornecedor em garantir as condições de segurança para uso dos produtos”, diz.

O diretor da Proteste, Henrique Lian, acrescenta que as instituições devem reparar os clientes por danos materiais e morais e responder por falhas na prestação de serviços.

“Ora, se eu emito um cartão que permite pagamentos por aproximação sem inserir senha e que este cartão pode ser roubado, perdido ou utilizado com má intenção por alguém que não seja o consumidor, isso é sim uma falha na prestação de serviços”, afirma.

Lian ainda pontua que as emissoras de cartão precisam informar aos consumidores sobre a modalidade financeira. “Não é isso que tem acontecido. Os consumidores têm recebido em casa o novo cartão magnético de crédito ou de débito que já vem com a modalidade por aproximação habilitada e, na maioria das vezes, sem nenhuma informação prévia. Então, o consumidor tem direito a essa informação e tem direito a recusar este serviço se ele não quiser”, explica.

Como se proteger

• Evitar guardar o cartão em locais como “bolso de trás da calça, mochila ou bolsa para trás do corpo, principalmente em situações de aglomeração”, recomenda o Procon-SP.

• Utilizar carteiras ou capas com proteção para evitar tentativa de fraudes. De acordo com o PagSeguro, a tecnologia RFID impede a leitura do cartão, “mesmo que alguém aproxime a maquininha do cartão”.

• Desabilitar, temporariamente, a função de pagamento por aproximação ao frequentar locais movimentados ou desconhecidos. “Os novos cartões já são emitidos com a tecnologia contactless, mas você pode desabilitar a função a qualquer momento. Cada banco adota um procedimento para que isso aconteça”, orienta a assessora técnica do Comitê de Meios de Pagamento da FecomércioSP, Kelly Carvalho.

• Ativar a notificação de compras no aplicativo e consultar extratos para identificar compras suspeitas e pedir o bloqueio do cartão, sugere o Banco Inter.

• O Banco Votorantim recomenda o uso de cartão com senha em eventos com muita movimentação, como festivais ou shows. “Em casos assim, o golpista anda com uma máquina de cartão portátil (a chamada maquininha), insere um valor pequeno e deixa ela em mãos enquanto circula pelo local.”

• Outro ponto, segundo Kelly Carvalho, é observar a distância de cerca de 5 centímetros entre a máquina e o cartão por aproximação.

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