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Projetos levam educação financeira a alunos da rede pública de ensino

Saber usar o dinheiro e não se endividar virou tema transversal dos currículos escolares desde 2018 nas escolas do Brasil

Renda Extra|Do R7

instituições se dedicam a levar esse conteúdo aos alunos e alunas da rede pública
instituições se dedicam a levar esse conteúdo aos alunos e alunas da rede pública instituições se dedicam a levar esse conteúdo aos alunos e alunas da rede pública

Saber lidar com o dinheiro, administrar contas, evitar o endividamento, se planejar. A educação financeira proporciona esse tipo de conhecimento e é fundamental aprender desde cedo. Por isso, instituições se dedicam a levar esse conteúdo aos alunos e alunas da rede pública de ensino, desde os primeiros anos da escola.

A B3 Social, associação sem fins lucrativos responsável pelas frentes de investimento social privado e voluntariado da B3, a bolsa do Brasil, tem como estratégia investir na melhoria estrutural da educação pública para contribuir com a redução de desigualdades sociais. Por isso, também apoia, entre outras iniciativas, projetos dedicados à educação financeira em escolas públicas, como os implementados pelo Instituto Ânima, o Instituto BEI e o Instituto Brasil Solidário.

Essas organizações atuam alinhadas aos direcionamentos da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que desde 2018 incluiu Educação Financeira como um tema transversal dos currículos escolares de todas as escolas do Brasil.

“Há evidências de que as famílias de alunos que participaram de projetos de educação financeira na escola apresentam melhoria na situação socioeconômica. Para nós, é um caminho de extrema relevância em direção à redução de desigualdades sociais. Saber planejar, poupar e gerenciar melhor os recursos, ainda que sejam poucos, é primordial para a garantia de segurança financeira e uma vida mais digna”, explica Elizabeth Mac Nicol, superintendente da B3 Social.

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Responsável pela criação do 1º Laboratório de Inovação em Políticas Públicas (LIPPE) do país, o Instituto Ânima desenvolve e implementa, junto a secretarias de educação de diversos estados e municípios, programas de competências financeiras, digitais e de construção de projeto de vida.

Paralelamente, o LIPPE também pesquisa, produz e dissemina conhecimento sobre o tema educação financeira em acordo com à BNCC. Segundo o gerente de políticas educacionais do Instituto Ânima, Inácio de Araújo Machado, “o programa de educação financeira tem como objetivo tratar as competências necessárias para a tomada de decisão responsável e consciente dos jovens em relação ao seu bem-estar financeiro atual e futuro. Para isso, implementa um programa de formação para que os professores desenvolvam competências relacionadas aos conhecimentos pedagógicos, financeiro, atitudinais e comportamentais”.

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Também na linha de apoiar redes públicas de ensino, o Instituto BEI, por meio do projeto Aprendendo a Lidar com Dinheiro, oferece formação para professores, gestores e coordenadores escolares de Goiás e Pernambuco e estimula a aplicação de metodologias ativas em sala de aula considerando problemas e situações reais de cada contexto socioeconômico.

Em 2022, a instituição lançou o Prêmio BEI de Educação Financeira para Escolas Públicas, que objetiva identificar, valorizar e divulgar educadores de todo o Brasil que desenvolvem e estimulam a temática da educação financeira em suas turmas.

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“Após quatro anos de implementação do programa, impactando mais de 84 mil jovens e mil educadores, aprendemos que é indispensável que os esforços das redes de ensino estejam voltados para a formação de professores. Aprendemos também que os professores nem sempre estão confortáveis com o tema, pois nenhum de nós teve educação financeira na escola. Por isso, organizamos o prêmio com o objetivo de estimular e inspirar que cada vez mais professores estejam atentos à importância do tema e à necessidade de desenvolver projetos práticos e conectados com a vida cotidiana dos jovens”, comentou Sandra Battistella, diretora-executiva do Instituto BEI.

De forma mais lúdica, o Instituto Brasil Solidário usa jogos para fomentar a educação financeira em escolas públicas e comunidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A estratégia se orienta pelas evidências acadêmicas de que o uso de jogos na área de educação financeira tem impacto positivo no aprendizado dos alunos.

O projeto com os jogos Piquenique e Bons Negócios, um de tabuleiro e outro de cartas, visa exercitar as habilidades de poupar, empreender e investir. As dinâmicas são desenhadas de forma transversal e podem ser aplicadas interdisciplinarmente em alinhamento com a BNCC. A iniciativa, além de fazer a doação dos jogos para as escolas parceiras, oferece capacitação aos educadores dos 209 municípios apoiados em 25 estados brasileiros.

“O projeto teve seu primeiro passo em três municípios do Ceará e hoje já alcançou 1 milhão de alunos. Trouxemos para o material dos jogos temas como alimentação saudável, conta de luz, mobilidade urbana e reciclagem, que fazem parte do cotidiano desses alunos. Os educadores se tornam mediadores e podem trabalhar as propostas pedagógicas com crianças a partir de 6 anos de idade. Esse aprendizado não tem idade, e percebemos um impacto em toda a comunidade escolar, com professores de 50 anos mudando o comportamento após a formação”, ressalta Luis Salvatore, Diretor Presidente do Instituto Brasil Solidário.

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