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Trabalhadores usam benefício de refeição para comer mais carne

Para 46% dos donos de restaurante, o consumo de proteína animal foi o que mais aumentou nos últimos seis meses

Renda Extra|Do R7

Donos de restaurante perceberam um aumento no consumo de carnes
Donos de restaurante perceberam um aumento no consumo de carnes Donos de restaurante perceberam um aumento no consumo de carnes

Para driblar a dificuldade de fazer caber no bolso as carnes bovina e de frango, cada vez mais caras nos supermercados, o trabalhador brasileiro tem aproveitado os vales-refeições para consumir mais proteínas em restaurantes. Uma pesquisa realizada pela ABBT (Associação Brasileira de Benefícios ao Trabalhador) mostra que, nos últimos seis meses, o consumo geral de proteínas animais foi o que mais cresceu no horário do almoço, na comparação com outros itens que compõem uma refeição.

Proprietários de 46% dos 4.487 estabelecimentos que participaram do levantamento confirmam que a proteína animal foi o produto que teve maior aumento de consumo no período. Foram ouvidos donos de restaurantes das cinco regiões do país, entre fevereiro e abril deste ano.

“Fica claro, para nós, que o trabalhador está usando o benefício para se alimentar com mais qualidade e variedade”, diz Jessica Srour, diretora-executiva da ABBT.

O estudo, feito em parceria com a Mosaiclab, empresa especializada em pesquisa de mercado, revela que, até abril, no acumulado de seis meses, a inflação da alimentação no domicílio já alcançava a casa dos 10%, pressionada pelos preços das proteínas animais (carnes, pescados, aves e ovos) nos supermercados.

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No mesmo período, a inflação da alimentação fora do domicílio foi de 2,6%. “Os sucessivos aumentos do gás de cozinha e de alguns alimentos levaram o trabalhador a usar o benefício-refeição para consumir no almoço os produtos que estavam mais caros no supermercado, como a carne vermelha”, pondera Jessica.

O benefício-refeição é concedido pelas empresas a seus colaboradores no âmbito do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador), criado há 46 anos.

O setor de bares e restaurantes foi um dos mais penalizados pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19, e ainda não se recuperou totalmente. Os estabelecimentos têm feito grandes esforços para não elevar os preços, reduzindo suas margens, afirma Jessica. “Dessa maneira, o trabalhador e sua família puderam se alimentar bem fora de casa, com proteínas, sem pressionar o orçamento doméstico”, acrescenta ela.

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