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7 em cada 10 famílias encerram o semestre com dívidas, aponta CNC

Nas famílias de menor renda, número de endividados ultrapassou 70% e atingiu maior número em 11 anos, segundo pesquisa

Renda Extra|R7

Dívidas das famílias sobem 69,7% em junho e 2,5 pontos percentuais em um ano
Dívidas das famílias sobem 69,7% em junho e 2,5 pontos percentuais em um ano Dívidas das famílias sobem 69,7% em junho e 2,5 pontos percentuais em um ano

O percentual de famílias que relataram ter dívidas (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) alcançou 69,7% em junho, alta de 1,7 ponto percentual em relação a maio de 2021, e a maior elevação mensal desde março de 2017.

O percentual mostra que a cada 10 famílias, sete vão encerrar o primeiro semestre de 2021 endividados.

Em relação a junho de 2020, a alta foi de 2,5 pontos, o maior incremento anual desde agosto de 2020.

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Os dados são da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e foram divulgados nesta quinta-feira 1º de junho.

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O percentual de famílias com dívidas ou contas em atrasos aumentou pela segunda vez desde agosto de 2020, alcançando 25,1% em junho, acima do nível de maio, porém 0,3 ponto percentual abaixo do apurado em junho de 2020.

A parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso – e que permanecerão inadimplentes – aumentou de 10,5% para 10,8% na passagem mensal. O indicador está 0,8 ponto abaixo do nível observado em junho de 2020.

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O endividamento dos grupos de renda pesquisados há três meses apresenta tendências semelhantes.

Em junho, para as famílias com renda até dez salários mínimos, o percentual das endividadas saltou de 69% para 70,7% do total de famílias, atingindo a máxima histórica. No mesmo mês de 2020, 68,2% das famílias nessa faixa de renda estavam endividadas.

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Para as famílias com renda acima de 10 salários mínimos, a proporção do endividamento também alcançou o recorde com incremento forte: de 64,2% para 65,5% em junho, ante 60,7% em junho de 2020.

Para esse grupo, o endividamento vem alcançando níveis recordes mensalmente, desde fevereiro deste ano.

Na inadimplência, há tendências diferentes entre as faixas de renda nos três últimos resultados.

A proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso na faixa de até dez salários mínimos aumentou de 27,1% em maio para 28,1% em junho, embora esteja na menor proporção desde dezembro de 2020.

No grupo com renda superior a 10 salários mínimos, o percentual manteve-se estável em 11,9% na passagem mensal, mas é o segundo maior percentual do indicador para meses de junho.

O resultado por faixa de renda do percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso e que vão permanecer inadimplentes vinha caindo desde agosto entre os com renda até 10 salários mínimos, interrompeu a sequência de quedas em maio e aumentou para 13% em junho, maior percentual desde dezembro passado.

Em junho de 2020, a proporção havia sido 13,2%. Na faixa de maior renda, no entanto, o indicador reduziu-se novamente na passagem mensal para 3,4%, como também antes os 4,7% apurados em junho do ano passado.

A proporção das famílias que se declararam muito endividadas segue aumentando desde março, chegou a 14,7%, maior parcela desde julho do ano passado.

No entanto, a comparação anual do indicador, o qual evidencia a percepção individual da família quanto ao nível de endividamento das pessoas que vivem na mesma casa, mostra redução de 1,5 ponto.

• Em relação à capacidade de pagamento, entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas subiu para 30,3% da renda mensal, a mesma proporção de janeiro;

• Nas famílias com até dez salários, a parcela média da renda dedicada ao pagamento de dívidas aumentou, atingindo 30,8%, a maior desde fevereiro;

• Nas famílias com renda acima de dez salários mensais, a parcela média da renda comprometida cresceu para 27,9%, a mais elevada desde setembro de 2020;

• Também entre as famílias com dívidas, 20,5% afirmaram ter mais da metade da renda mensal comprometida com pagamento dessas dívidas em junho, maior proporção desde fevereiro deste ano;

• Nas famílias com renda até dez salários, o percentual das que afirmam ter mais da metade da renda comprometida com dívidas segue em elevação desde março, alcançando 21,6% em junho; e

• Nas famílias com mais de dez salários de renda, 15,6% das famílias relataram ter mais de 50% da renda comprometida, o maior percentual desde dezembro de 2020.

Endividamento volta a subir

O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas estava em queda desde julho do ano passado, interrompeu essa sequência em abril, chegando a 7,1 meses em junho.

Do total de endividados, 22,4% possuem dívidas vincendas em até três meses; e 32,7%, por mais de um ano.

Já o tempo médio de atraso na quitação das dívidas pelos inadimplentes aumentou pela primeira vez desde dezembro, atingindo 61,3 dias em junho.

Diminuiu na margem o percentual de famílias com atrasos até 30 dias (de 25,6% para 24,9%) e aumentou ligeiramente os com atrasos acima de 90 dias (de 41,7% para 41,8%, menor percentual desde outubro de 2020).

Cartão de crédito e empréstimo pessoal

A proporção das famílias que utilizam o cartão de crédito como principal tipo de dívida alcançou a proporção máxima do indicador, 81,8% do total de famílias.

Entre as famílias com mais de 10 salários mensais, o cartão é o principal tipo de dívida para 82,6% delas.

Crédito pessoal, carnês de loja e financiamento de carro também se destacaram entre as modalidades mais procuradas na passagem mensal.

A liquidez elevada e os juros relativamente baixos ainda favorecem o endividamento nas categorias de longo prazo.

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