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Aluguel de microapartamentos e studios aumenta 16,7% em SP 

Alta foi observada em um ano; os bairros mais caros da capital são Vila Olímpia, onde o m² custa R$ 66,60, e Pinheiros (R$ 57,10 o m²) 

Renda Extra|Do R7

Apartamentos pequenos na região central são os mais procurados para locação
Apartamentos pequenos na região central são os mais procurados para locação Apartamentos pequenos na região central são os mais procurados para locação

Morar mais perto do trabalho parece mesmo ter virado uma prioridade para o paulistano, após a flexibilixação das normas sanitárias impostas pela pandemia da Covid-19. Pelo menos, é isso o que indicam os números sobre o desempenho do setor imobiliário, sobretudo os que se referem ao aluguel residencial no centro expandido da cidade de São Paulo: em 12 meses, só os studios e microapartamentos tiveram um aumento de preço de 16,7%.

O levantamento, feito pela empresa de tecnologia QuintoAndar, especializada em moradia, mostra que o valor médio do metro quadrado dos imóveis em geral atingiu R$ 40,22 em julho, na capital. A alta foi de 0,3% na comparação com junho, atingindo o maior valor do metro quadrado da série histórica do Índice QuintoAndar de Aluguel, iniciada em 2019.

Em 12 meses, o valor médio do metro quadrado subiu 15% e, no acumulado deste ano, o preço médio dos novos aluguéis teve crescimento de 10%.

O Índice QuintoAndar de Aluguel é um indicador calculado a partir dos preços dos aluguéis que constam nos contratos já fechados, e não em anúncios de locação. Assim, ele considera o resultado das negociações entre locatário e inquilino, e reflete a realidade do mercado.

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Os dados referentes a julho, divulgados nesta quinta-feira (4), mostram que há maior demanda por apartamentos menores, como os de apenas um quarto, o que fez os preços dispararem: esses imóveis tiveram, em julho, a quarta alta consecutiva acima de R$ 50.

Foram também os que mais valorizara entre todos os tipos moradia para locação da capital. Apartamentos de dois e três quartos subiram 11,2% e 11,6% no mesmo período, respectivamente. Considerando a média de preços do último mês, quem aluga um imóvel de um quarto paga 47% a mais por metro quadrado do que aqueles que moram em residências com dois quartos.

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Thiago Reis, gerente de dados do QuintoAndar, afirma que a crescente preferência por apartamentos pequenos decorre da necessidade das pessoas de voltar a morar perto do trabalho, e de corredores com boa oferta de transporte público. A queda na renda real das famílias, com o aumento da inflação, também é um dos fatores.

“Nos últimos meses, é possível perceber uma maior demanda por apartamentos e studios próximos ao metrô, uma tendência observada com o arrefecimento da pandemia. Por serem novos, mobiliados, com varanda e bem equipados, acabam tendo um preço de aluguel mais alto, o que ajuda a explicar essa valorização”, explica.

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Bairros

Por isso, os bairros perto ou localizados no centro expandido de São Paulo estão sendo os mais valorizados. O Bom Retiro, na região central, registrou aumento de 25,6% no preço do metro quadrado nos últimos seis meses, o maior crescimento. O bairro é seguido por Pinheiros, com valorização de 17,7% dos imóveis, Vila Romana, com 17%, Chácara Inglesa (16,2%) e Butantã (16%).

“São regiões com grande estoque desses imóveis, muitas delas lançadas no último ano, como resultado do incentivo feito pelo Plano Diretor. No Bom Retiro, que já foi eleito um dos bairros mais ‘cool’ do mundo pela revista Time Out, 45% dos imóveis publicados hoje têm um quarto”, fala Reis.

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Mesmo assim, esses imóveis ainda não recuperaram o patamar de preços de antes da pandemia. Segundo o Índice QuintoAndar, o metro quadrado ainda está 4,4% abaixo do que era registrado em março de 2020.

A procura crescente por imóveis menores tem feito os preços se manterem em alta em São Paulo e, em julho, os valores dos aluguéis bateram um novo recorde. Mesmo assim, ainda é possível encontrar espaço para negociação: o levantamento indica que a diferença entre o preço do anúncio e do contrato voltou a crescer em julho, depois de oito meses de queda, atingindo -8,57%.

“Com o mercado aquecido, os proprietários têm aproveitado para aumentar cada vez mais os preços, o que não é acompanhado na mesma magnitude na hora de fechar o contrato. Isso mostra que ainda há espaço para conseguir descontos no momento de fechar a transação. Negociar é sempre a melhor saída”, conclui o gerente de dados.

Veja quais são os bairros de São Paulo com o metro quadrado mais caro:

1. Vila Olímpia - R$ 66,60/m²

2. Pinheiros - R$ 57,10/m²

3. Santo Amaro - R$ 56,30/m²

4. Brooklin - R$ 50,20/m²

5. Itaim Bibi - R$ 49,70/m²

6. Vila Nova Conceição - R$ 48,50/m²

7. Moema - R$ 47,70/m²

8. Vila Madalena - R$ 47,20/m²

9. Campo Belo - R$ 47,10/m²

10. Consolação - R$ 45,80/m²

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