Renda Extra Aposentadoria: qual é a melhor aplicação para investir no futuro?

Aposentadoria: qual é a melhor aplicação para investir no futuro?

Antes de começar a planejar o seu 'pé de meia', é preciso criar uma rotina de investimentos e identificar se seu perfil é moderado, agressivo ou conservador

  • Renda Extra | Márcia Rodrigues, R7

Aposentadoria exige que investidor avalie qual renda deseja ter no futuro

Aposentadoria exige que investidor avalie qual renda deseja ter no futuro

Freepik

Mais difícil do que escolher qual seria o melhor investimento para guardar dinheiro para a aposentadoria, é o hábito de poupar todos os meses para usufruir desse recurso no futuro.

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A constatação é quase que unanimidade entre especialistas na área de finanças pessoais.

Para Miguel de Oliveira, diretor executivo da Anefac (Associação Nacional dos executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), “pensar no futuro é sempre importante porque sabemos que a Previdência Social do país paga pouco e muitas pessoas precisam continuar trabalhando após se aposentar.”

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Existem várias aplicações muito interessantes para guardar dinheiro para aposentadoria, segundo ele. Tesouro Direto, Fundos de Investimentos e planos de previdência privada são algumas opções.

“O problema é não deixar o dinheiro se perder no meio do caminho e ser usado para comprar um carro ou fazer uma viagem, por exemplo.”

Miguel de Oliveira

Previdência privada mantém rotina das aplicações

Oliveira e a planejadora financeira Rejane Tamoto acreditam que a melhor forma de guardar o dinheiro da aposentadoria é investindo em previdência privada.

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“Apesar de você ter de pagar taxa administrativa para um gestor, esse plano deixa o investidor mais regrado por exigir uma aplicação mensal. E o brasileiro, quando tem uma obrigação, respeita”, comenta Oliveira.

“Os fundos de previdências são uma boa opção para esta finalidade porque você pode fazer a aplicação automática, o que facilita a criação de uma rotina de investimento.”

Rejane Tamoto

Outro ponto positivo dos fundos de previdência, na opinião da planejadora financeira, é que ele permite a diversificação dos investimentos.

“Dependendo da categoria do fundo, o gestor investe em títulos do Tesouro ou de renda fixa, em moedas ou ações”, explica.

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Rejane também diz que esses fundos também permitem ao investidor um regime mais em conta de tributação.

“Enquanto nos fundos se paga 10% de tributação para o regime regressivo (para quem resgatar depois de 10 anos) e não tem come-cotas, no Tesouro Direto a menor tributação (após dois anos com o investimento lá) é de 15%.”

Perfil do investidor define melhor investimento

Pensar qual renda deseja ter no futuro e identificar o seu perfil investidor – agressivo, moderado ou conservador – ajuda o poupador a traçar um planejamento financeiro para a sua aposentadoria.

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Rejane acredita que o ideal é investir de 10% a 20% do que você ganha por mês.

“Claro que tudo vai depender do perfil desse investidor. Se é a única pessoa que trabalha em casa, qual a sua estrutura familiar e orçamento, mas é a média indicada para poupar.”

Posso parar de investir na pandemia?

Para Rejane e Oliveira a resposta é sim. “É um momento que exige muita atenção. Se ainda não tem um plano de previdência privada, espere acabar a crise para investir”, diz Oliveira.

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Rejane acrescenta: “se for possível, não cancele ou suspensa os depósitos da aplicação. Se não der para manter o valor mensal, reduza, mas não pare. Se for preciso parar, volte a investir assim que possível”.

Fundo de investimentos e título de renda fixa são opções

Eduardo Akira, sócio da Vero Investimentos, diz que assim que o investidor definir qual é o seu perfil, é possível avaliar qual é a melhor aplicação para a sua realidade.

“Se ele for conservador não tolera oscilações na sua rentabilidade. Se é agressivo entende que o risco é inerente e está disposto a ter mais oscilação na sua carteira, por exemplo.”

Eduardo Akira

Akira afirma que o mercado oferece diversas opções de investimento pensando no longo prazo.

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Entre elas, fundos de investimento, título de renda fixa e fundos de previdência privada.

“No fundo de previdência privada, se não fizer nenhum resgate, só será tributado quando sacar o dinheiro. Já num fundo de investimento normal, o imposto é cobrado a cada seis meses”, explica.

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No caso da previdência privada, Akira destaca que há o decréscimo conforme o tempo do plano. Ele começa com 35% e cai para 10% conforme o tempo que o dinheiro está lá.

Akira acredita que os fundos de previdência atendem diversos perfis de clientes por proporcionarem riscos diferentes. Há opções com multimercado, renda fixa e ações.

“Quando pensamos fora da previdência, podemos montar uma carteira adequada para cada aceitação de risco”, orienta.

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Quem tem o perfil mais conservador, a sugestão do especialista é investir em títulos do governo indexados à inflação com pagamento semestral.

“Um título que vence em 2035, por exemplo, pagará o IPCA mais 4%. Basicamente o rendimento é o juro real de 4%.”

Para o perfil moderado, as opções são: título com renda fixa como multimercado e renda variável (ações carteira).

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E para o agressivo (investimentos indexados à inflação, multimercado e parcela maior em renda variável)

Quem precisa de um rendimento mensal, uma boa alternativa, segundo Akira, são os fundos imobiliários.

Além de isentos de Imposto de Renda, eles oferecem 10% de rendimento.

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