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Como fica o investimento em ações com a taxa Selic a 13,25%

Analista diz que ter parte da carteira em renda variável é estratégia de diversificação, mesmo com renda fixa mais atraente

Renda Extra|Do R7

Movimentação do principal índice de ações da B3, Bolsa brasileira
Movimentação do principal índice de ações da B3, Bolsa brasileira Movimentação do principal índice de ações da B3, Bolsa brasileira

Para tentar conter a alta dos preços, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central vem subindo a taxa Selic. Nesta quarta-feira (15), o BC anunciou elevação de 0,50 ponto percentual da taxa básica. Ao todo, já são 11 aumentos consecutivos, elevando o patamar de 2% ao ano em março de 2021 para os atuais 13,25%.

Com a elevação da Selic, investimentos de renda fixa voltaram a oferecer boa rentabilidade. Mas será que o investidor deve abandonar de vez a renda variável, ou seja, aplicação em ações? Segundo Igor Rongel, head de investimentos do C6 Bank, esse tipo de investimento exige que o investidor exercite uma visão de longo prazo.

A renda variável é a modalidade de investimento na qual não é possível definir o quanto seu dinheiro vai render em determinado período. É o caso das ações. Essa aplicação costuma ser de maior risco, mas, em contrapartida, seu rendimento pode ser muito maior e em um espaço de tempo mais curto.

“Não há dúvidas de que a renda variável não vive seus melhores momentos. Basta dizer que das 92 ações que compõem o Ibovespa, 69 registram queda no acumulado dos últimos 12 meses. Por outro lado, quando olhamos para um prazo mais longo, como 120 meses, apenas 8 de 67 estão no negativo. É claro que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, mas esse recorte demonstra como, na média, ações sempre funcionam melhor no longo prazo”, explica Rongel.

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Passar pelas oscilações da renda variável, no entanto, pode não ser uma tarefa fácil. Ainda mais se for por um longo período. Por esse motivo, antes de se aventurar na renda variável, também é preciso conhecer bem o seu perfil de risco.

“O que você faria se comprasse uma ação e ela se desvalorizasse mais de 80% em 12 meses? Isso aconteceu de fato com um dos principais papéis do Ibovespa. Então, é preciso saber como você se comportaria ao olhar para um gráfico como esse sabendo que o dinheiro é seu. Quanto você depende do dinheiro que está investindo? Quanto você conhece do ativo que está comprando? O jogo fica bem mais seguro quando você entra nele conhecendo as regras e o tipo de jogador que você é”, afirma Rongel.

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Além da capacidade de aguentar as oscilações, o especialista do C6 Bank diz que ter uma parte da carteira alocada em renda variável faz parte da estratégia de diversificação dos investimentos.

“Um dos princípios básicos dos investimentos é nunca colocar todos os ovos em uma mesma cesta. Investir é fazer uma relação entre risco e retorno o tempo todo e diversificação é justamente se expor em menor quantidade a vários riscos, em vez de se expor em grande quantidade a um risco só. Assim, sua carteira fica mais protegida das oscilações. A questão é determinar quanto da sua carteira ficará em renda variável. Nesse sentido, conhecer o seu perfil de risco também ajudará”, explica Rongel.

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