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Dia das Mães: conheça 4 mamães que abriram empresa pandemia

Empreendedoras se arriscam em plena crise gerada pela covid-19 e mostram que o tino para os negócios sobrepõe a insegurança

Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7

Virginia Ueda abriu Pizzaria Ale Nek’s, em Uruguaiana (RS), no ano passado
Virginia Ueda abriu Pizzaria Ale Nek’s, em Uruguaiana (RS), no ano passado Virginia Ueda abriu Pizzaria Ale Nek’s, em Uruguaiana (RS), no ano passado

Falar sobre uma mãe é a coisa mais fácil do mundo: é ela quem nos dá carinho nos momentos que precisamos, é ela quem faz aquela comidinha inesquecível, é ela quem nos motiva a seguir em frente naqueles momentos mais esquisitos, que parecem impossíveis de serem superados, e é ela quem sempre acredita que podemos conquistar mais e mais da vida.

Essa força, garra e determinação se tornaram ainda mais evidentes em meio à pandemia do novo coronavírus. Trabalhar, muitas vezes estudar, ser professora (mesmo sem ter cursado pedagogia), cozinhar, cuidar da casa e dar todo o amor e carinho para a família vêm exigindo cada vez mais delas.

E mesmo assim elas não param. Às vezes ficam esgotadas, afinal, são humanas, mas não desistem.

Neste Dia das Mães, conheça a história de quatro mamães que resolveram se arriscar e empreender em plena pandemia e conseguiram tornar seu negócio sólido e rentável

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Nome de pizzaria foi escolhido quando ela tinha 7 anos

Virginia Ueda tem 33 anos e resolveu colocar em prática uma ideia que projetou com seu primo ainda pequena, aos 7 anos. No ano passado, em plena pandemia da covid-19, ela criou a Pizzaria Ale Nek’s em Uruguaiana (RS). O nome é a junção de seu apelido Neca com o nome do primo Alex, seu sócio.

Virginia: 'as mulheres hoje são capitãs de suas vidas'
Virginia: 'as mulheres hoje são capitãs de suas vidas' Virginia: 'as mulheres hoje são capitãs de suas vidas'

Ela tem duas filhas e viu no empreendedorismo uma forma de conseguir organizar a rotina das filhas Helena, 11 anos, e Antonella, 17 anos, e o trabalho.

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“Conto com a ajuda da minha mãe e do meu marido, que sempre me apoiaram na vida profissional. Nasci com o tino empreendedor e não pensava em outra coisa a não ser ter meu próprio negócio.”

Para ganhar conhecimento na área que queria investir, a gastronomia, Virginia manteve uma pizzaria de uma franquia durante um tempo. Em maio do ano passado projetou a Ale Nek’s e resolveu arriscar.

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“Ouvi que eu era louca por fazer um investimento desses em plena pandemia, mas sempre estive segura sobre o que eu queria da vida. Quando estourou a pandemia, conseguimos testar o serviço de delivery, depois pudemos avaliar o comportamento dos clientes na pizzaria e fomos formatando a empresa.”

A pizzaria tem a decoração toda inspirada em um navio e temas náuticos por estar numa região chamada de porto seco do país. Uruguaiana fica no centro da principal rota do comércio exterior entre Brasil, Argentina e Chile.

Gosto muito de falar que as mulheres não se escondem mais no convés do navio. Hoje elas são as capitãs de suas vidas. E a decoração vem de encontro com tudo o que penso sobre o empreendedorismo feminino.

(Virginia Ueda)

Virginia conta que 90% do seu quadro de funcionários são mulheres e que pretende transformar a pizzaria em franquia.

Quanto às filhas, elas são frequentadoras assíduas da pizzaria e conhecidas pela clientela. “Desde cedo mostro para ela a importância de ser independente e de acreditar nos seus sonhos.”

Ela cuida dos pets como filhos e envia até relatório diário

Erika Taisi deixou de trabalhar quando sua filha, Beatriz, nasceu. Neste ano, determinada a voltar a ter uma atividade remunerada, resolveu abrir seu próprio negócio na área de cuidados com animais.

Erika: amor por animais e negócio personalizado e rentável
Erika: amor por animais e negócio personalizado e rentável Erika: amor por animais e negócio personalizado e rentável

“Quem está muito tempo fora do mercado de trabalho tem dificuldades para voltar. Além de não estar atualizada sobre a área que atuava, o fato de ter de deixar a minha filha durante muito tempo para ter um emprego fixo me deixava aflita. Por isso resolvi empreender.”

Erika conta que sempre que viajava, deixava seus animais com uma pessoa e, ao passear com eles diariamente, observou que o número de pessoas que adotaram ou compraram pets na pandemia aumentou.

“Percebi que o trabalho de dog walker não exigiria investimento e somente meu tempo. Na primeira semana que comecei a divulgar o serviço, já apareceram pessoas interessadas em me contratar.”

Erika trabalha com contratos pré-estabelecidos conforme o serviço solicitado. Além de dog walker, pet sitter (cuidados enquanto os donos não estão em casa), day care (creche) e hospedagem (por um tempo determinado no caso de viagens dos donos).

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A empreendedora destaca que procura oferecer o serviço mais personalizado possível para cada dono.

“Se o dono viaja e deixa o pet na própria casa, eu o levo para passear, limpo sua sujeira, cuido das plantas, peixes, enfim, qualquer ser vivo que tenha na casa.”

Erika também afirma que se inspirou no que gostava no tratamento da escola da filha para tornar o serviço ainda mais eficiente.

“Os pets são os filhos de muitas pessoas. Quando a Bia estava na escolinha, eu gostava de receber relatórios diários sobre suas atividades. Comecei, então, a enviar vídeos com o trajeto dos passeios, das atividades feitas em casa e de todos os cuidados com eles. Assim já conquistei uma clientela cativa!”

Franquia foi solução para flexibilizar carga horária de trabalho

A Carina Soares de Oliveira resolveu adquirir uma unidade da franquia Sofá Novo de Novo, rede especializada na higienização de sofás, no ano passado com o intuito de ter mais flexibilidade no horário e ter mais tempo com os filhos Otavio, 8 anos, e Lívia, 5 anos.

Carina resolveu empreender para ter mais tempo com Otávio e Livia
Carina resolveu empreender para ter mais tempo com Otávio e Livia Carina resolveu empreender para ter mais tempo com Otávio e Livia

“No começo foi difícil conciliar as aulas online dos dois com o trabalho e a casa. Venho administrando a empresa em home office, por causa do isolamento social, e até hoje é um pouco difícil a rotina porque eles querem brincar o tempo todo.”

Carina conta que precisou organizar muito bem a agenda para dar conta de tudo. Pela manhã ela acompanha as aulas online dos filhos e responde os comentários dos clientes nas redes sociais e no Whatsapp.

Para auxiliá-la no dia a dia, ela também conta com uma equipe para realizar o trabalho na casa dos clientes e concentra suas atividades na área da administração da empresa.

Carina, que não se abalou em iniciar seu próprio negócio na pandemia, dá conselhos para as mães que estão pensando em empreender.

“A dica é persistir no sonho de empreender, tirar um tempo pra família, separar o trabalho da vida pessoal e envolver os filhos no empreendimento”.

Negócio permite acompanhar crescimento da filha

Priscila Cabral entrou no mundo dos negócios há 10 meses. O que mais pesou na sua decisão foi a filha Maria Clara, de 2 anos. Assim como as demais, ela precisava de uma atividade que lhe permitisse flexibilidade no horário.

Priscila: rotina de horários com marido para tocar empresa
Priscila: rotina de horários com marido para tocar empresa Priscila: rotina de horários com marido para tocar empresa

“Em São Paulo gastamos muito tempo se deslocando. Trabalhar 9 horas e ficar mais 3 horas no trânsito todos os dias me impossibilitaria de acompanhar o crescimento da minha filha, vê0la se desenvolver, enfim, ter um tempo de qualidade com ela.”

Priscila optou, então, por ser franqueada da PremiaPão, rede especializada na comercialização de publicidade em sacos de pão.

Para conciliar o lado mãe e empreendedora, ela aposta na organização das agendas diárias dela e do marido.

“Estabeleci uma rotina e horários bem definidos, programando as atividades diárias e semanais de nós dois, já que ele também conta com flexibilidade na carga horária do seu trabalho. Com isso, consigo participar de reuniões, me dedicar à franquia e passar momentos agradáveis com minha filha.”

E a dica da empresária para as mulheres que pensam em abrir seu próprio negócio é: “comecem!”

“Empreender envolve muito trabalho e dedicação, mas é recompensador. A flexibilidade de horário ou até mesmo não ter um chefe no pé nos deixa mais tranquilas para administrar nossas várias funções de mãe, mulher, filha, empresária, entre outras”.

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