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Dólar sobe 1,27% e fecha a R$ 5,43, maior valor desde 26 de janeiro

Em dois dias consecutivos de alta, a moeda saltou 3,23%, o maior aumento para o período em um mês

Renda Extra|

O dólar à vista subiu 1,27%, a R$ 5,4394 na venda
O dólar à vista subiu 1,27%, a R$ 5,4394 na venda O dólar à vista subiu 1,27%, a R$ 5,4394 na venda

O dólar voltou a subir mais de 1% nesta terça-feira (12) e rompeu mais uma resistência psicológica ao fechar acima de R$ 5,40, nos valores máximos desde janeiro, com o clima externo avesso a risco mais uma vez impulsionando a busca pela segurança da moeda americana antes de aguardados dados de inflação nos EUA previstos para amanhã, quarta-feira.

O dólar à vista subiu 1,27%, a R$ 5,4394 na venda, com a moeda brasileira entre os piores desempenhos globais da sessão. Na véspera, a cotação havia se encerrado em R$ 5,3713.

O patamar de fechamento é o mais elevado desde 24 de janeiro (R$ 5,507). Em dois dias consecutivos de alta, a moeda saltou 3,23%, o maior aumento para o período em um mês.

Em julho, o dólar já sobe 3,98%, reduzindo a queda em 2022 para 2,41%. A cotação chegou a acumular queda de 17,33% no ano ao fechar em 4 de abril valendo R$ 4,6075. Desde então, o dólar disparou 18,06%.

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A terça-feira começou mais uma vez sob a batuta de um dólar globalmente fortalecido. Um índice da moeda frente a uma cesta de rivais alcançou mais cedo nova máxima em 20 anos, enquanto o euro mergulhou rumo à paridade ao descer a 1,00005 dólar.

A divisa comum até saiu das mínimas, mas o clima seguiu de fuga de risco, o que se refletiu em nova desvalorização de taxas de câmbio de países emergentes e declínio nos mercados de ações.

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As moedas dos vizinhos Chile e Colômbia afundaram as novas mínimas recordes, sob peso da derrocada das commodities. Isso tem pressionado os ativos da América Latina como um todo, que por meses surfaram no rali das matérias-primas.

"Os riscos de recessão estão minando o último bolsão de resiliência entre as moedas de commodities de mercados emergentes", disseram profissionais do Bank of America em nota, segundo os quais as posições em moedas latino-americanas parecem "mais vulneráveis" a um desmonte de fluxos de "real money" (fundos de pensão, por exemplo, com alocações mais de longo prazo).

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Apesar das forças ascendentes para o dólar, o BTG Pactual ainda vê a moeda fechando este ano em R$ 4,80, queda de 11,75% perante o encerramento desta terça, mas faz ressalvas.

Segundo profissionais do banco, a taxa de câmbio tem se depreciado desde junho na esteira de um movimento global de valorização do dólar, num movimento agravado no caso brasileiro pelo debate de novos estímulos fiscais e subsídios aos combustíveis que, na percepção do mercado, aumentou o risco fiscal.

"O mercado pode levar algum tempo para assimilar e aceitar uma nova âncora fiscal, o que pode afastar a taxa de câmbio do valor de 4,80 reais por dólar, para um patamar mais próximo aos valores do início de julho (acima de 5,30 reais)", disse o BTG em relatório macro de julho, assinado por economistas e sob chefia de Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro Nacional.

"Reconhecemos que a probabilidade desse cenário (de dólar a 4,80 reais) tem diminuído com a elevação do risco fiscal e a deterioração do cenário internacional", finalizaram os profissionais do banco.

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