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Em agosto foi registrada a segunda deflação consecutiva medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de 0,36%, puxada principalmente pela redução de 10,82% no preço dos combustíveis. Essa é a menor variação para o mês desde 1998, quando o índice foi -0,51%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No período de análise, o gás veicular (-2,12%), o óleo diesel (-3,76%), o etanol (-8,67%) e a gasolina (-11,64%) apresentaram deflação. Veja os produtos que tiveram as maiores reduções de preço em agosto:
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Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 8,73%, o primeiro resultado abaixo dos dois dígitos desde setembro de 2021. No ano, o índice apresenta alta de 4,39%. Um alimento que teve redução expressiva em agosto foi o morango, que registrou queda de 23,27%. No mês anterior, o preço já tinha começado a diminuir, com variação de -1,76%
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O grupo Alimentação e bebidas, mesmo acumulando alta de 10,10% no ano, começa a pesar menos no bolso do consumidor. A alimentação no domicílio teve variação de 0,01% em agosto, valor bem próximo da estabilidade. Em julho, esse índice ficou em 1,47%. O leite longa-vida, que subiu 25,46% em julho, caiu 1,78% neste mês. O pepino também teve variação bastante significativa em agosto, de -21,14%. Em julho, ao contrário, ele teve alta de 13,23%
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Em agosto, o preço do tomate diminuiu 11,25% e, no mês anterior, ele já havia apresentado queda, de 23,68%
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O preço da batata-inglesa, que ficou 16,62% menor em julho, caiu mais 10,07% em agosto. Outro produto que teve o valor reduzido foi o óleo de soja: -5,56% em agosto e -2,41% em julho
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A redução no preço do repolho foi de -9,06% em agosto. No mês anterior, esse produto já havia baixado 11,13%
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A cenoura, que subiu muito nos primeiros meses do ano, teve queda de 8,79% em agosto e de 15,34% em julho
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Com uma redução de 8,41% em agosto, a abobrinha caiu 23,55% em julho, uma das maiores variações daquele mês, ficando atrás apenas do tomate, cujo preço diminuiu 23,68%
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O preço da laranja-baía baixou 8,06% em agosto, segundo o IPCA. A redução de julho foi quase a mesma, 8,02%
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O mamão, por sua vez, teve aumento de 13,53% em julho, mas sofreu redução de 7,34% em agosto
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Indispensável nas saladas, a alface acumula quedas nos dois meses seguidos: de 3,25% em julho e de 5,70% em agosto
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Quanto às carnes, em agosto, o fígado (-3,24%), a carne de carneiro (-6,78%) e o filé-mignon (-2,90%) tiveram variação negativa no preço, segundo a pesquisa do IBGE. No mês anterior, apenas o filé havia registado redução, de 0,10%; o fígado teve alta de 1,25%, e a carne de carneiro, de 0,43%
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Assim como a alface, a couve também teve redução de preços em julho e em agosto. No primeiro, o índice foi de -6,17%, e no segundo, de –5,35%
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O feijão-carioca caiu 1,69% em julho, segundo o IPCA, e, em agosto, a variação foi de -5,39%
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Com alta de 2,71% no preço em julho, o abacaxi apresentou redução de 4,57% em agosto
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Já a melancia, que teve aumento de 31,26% em julho, registrou queda de 4,15% no mês passado. Para analistas, essas reduções fazem o índice oficial de preços se aproximar do teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%).
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Por fim, a goiaba acumulou reduções no preço nos dois últimos meses: 2,33% em julho e 5,02% em agosto. A deflação do mês é justificada pela redução das alíquotas do ICMS sobre gasolina e energia elétrica nos estados e pelo corte do PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim de 2022. O alívio deve ser sentido pelas famílias até o fim deste ano.