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No Dia Mundial do Pão, conheça os 'padeiros da pandemia'

Seja por inspiração, distração ou necessidade, profissionais colocaram as mãos na massa, começaram a fazer pães e transformaram em negócio

Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7

Patrícia Fioravanti começou a fazer pão caseiro durante a pandemia da covid-19
Patrícia Fioravanti começou a fazer pão caseiro durante a pandemia da covid-19 Patrícia Fioravanti começou a fazer pão caseiro durante a pandemia da covid-19

Alvo de vários vídeos saborosos ou engraçados nas redes sociais, o pão nosso de cada dia ganhou destaque durante a pandemia do novo coronavírus. Muitas pessoas se arriscaram a por as mãos na massa e criar seu próprio pãozinho.

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No Dia Mundial do Pão, comemorado nesta sexta-feira (15), conheça a história de cinco desses aventureiros que transformaram a produção em um negócio.

Curso de confeitaria abriu as portas

Adriana Aparecida Santos diz que descobriu sua paixão
Adriana Aparecida Santos diz que descobriu sua paixão Adriana Aparecida Santos diz que descobriu sua paixão

Adriana Aparecida Santos, 50 anos, era representante comercial até o início da pandemia. Foi um curso de confeitaria que fez como plano B que abriu as portas para o mundo da culinária.

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“Eu assisti uma live da escola ensinando a fazer pães e decidi começar a fazer. Alguns vizinhos gostaram e começaram a fazer encomendas.”

A produção que começou em março, já totaliza 1700 unidades até agora. Os preços vão de R$ 10 a R$ 40.

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Adriana comunicou a empresa que não voltará ao trabalho e vai formalizar se formalizar como MEI. Ela é dona da página @o.pãonosso no Instagram.

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“Já criei minha marca, fiz logo e agora vou abrir a empresa. Descobri minha paixão.”

Ela virou MEI na pandemia

Eva Viana formalizou a empresa
Eva Viana formalizou a empresa Eva Viana formalizou a empresa

Eva Viana, 46 anos, é pedagoga e fazia pães como complemento de sua renda para vender no trabalho – inicialmente em uma empresa de telemarketing, depois na escola –, mas foi na pandemia que seu negócio tomou forma.

“A demanda aumentou muito. Passei de 12 pães por mês, que produzia antes da pandemia, para 48 e fui me aperfeiçoando."

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Eva decidiu se formalizar na pandemia e virou MEI (Microempreendedor individual). Também criou a página @corujinha.paesebolos no Instagram.

Atualmente ela faz tudo sozinha e conta com o filho para fazer as entregas.

Entre os pães, ela produz: tradicional, recheados com catupiry, calabresa, torresmo, presunto e queijo, de milho e pão doce. Os preços variam de R$ 13 a R$ 20.

Fornadas aos fins de semana

Lucas faz pães aos fins de semana
Lucas faz pães aos fins de semana Lucas faz pães aos fins de semana

Lucas Maziviero, 23, é cozinheiro profissional. No início da pandemia, teve o contrato de trabalho suspenso e viu na produção de pães uma fonte de renda.

Apesar de trabalhar em um restaurante que servia café da manhã, nunca havia feito pão.

Leia mais: Chef Guga Rocha ensina receita prática e barata de pão caseiro

“Eu era subchefe de cozinha, observava os padeiros trabalhando, também tive aula sobre a produção de pães na faculdade, mas nunca tive interesse em fazer.”

Com a renda comprometida pela pandemia, Maziviero começou a fazer pães aos fins de semana e a vender para amigos e familiares.

Iniciou o negócio comercializando cerca de quatro pães e hoje vende até 14 por fim de semana com a ajuda da sua página @padocadoluca no Instagram. Os preços vão de R$ 18 a R$ 35.

O padeiro diz que pretende ampliar o negócio e abrir a sua própria empresa.

Receitas para aumentar imunidade das filhas

A jornalista Patrícia Fioravanti, 43, decidiu mudar de profissão e abrir um restaurante na escola onde as filhas estudam no início do ano. Porém, viu seu projeto ser paralisado durante a pandemia do novo coronavírus.

“Abri um negócio, fiquei um mês e meio servindo 90 almoços por dia e, de repente, as aulas foram suspensas e eu tive de fechar as portas.”

Patrícia: faz até 30 pães por semana
Patrícia: faz até 30 pães por semana Patrícia: faz até 30 pães por semana

Patrícia conta que durante o confinamento, começou a fazer diversas receitas para aumentar a imunidade das filhas.

Em maio fez pães, as filhas amaram e ela postou na sua página no Instagram. Uma amiga viu e pediu um para ela.

Leia mais: Pão francês é o preferido dos brasileiros; consumo no país supera 704 toneladas por mês

“Ela é médica infectologista e tinha acabado de se recuperar da covid-19, não tinha como negar seu pedido.”

A amiga adorou sua receita e sugeriu para ela fazer da produção um negócio para tocar na pandemia.

Patrícia, então, começou a vender para vizinhos, amigos até criar a página voa_paodapati no Instagram e chegar a produzir até 30 pães por semana.

Funciona assim: ela seleciona as receitas da semana, envia para sua lista de transmissão no WhatsApp, pega os pedidos e entrega no bairro de Perdizes, na zona oeste da capital de São Paulo.

“Comecei a produção no meu forno convencional de casa. Conforme a demanda foi aumentando, passei a assar os pães nos equipamentos do restaurante. Antes da pandemia, não mexia no forno e não cozinhava. Só administrava.”

Com salário cortado, pão ajudou a ter renda extra

Paula: padrasto foi inspiração
Paula: padrasto foi inspiração Paula: padrasto foi inspiração

Paula Azeredo, 35 anos, é diretora de planejamento. Durante a pandemia, ela teve o salário “cortado pela metade” e sentiu que precisava fazer alguma coisa para complementar a renda.

Numa visita à mãe, decidiu ajudar o padrasto, que é padeiro, a fazer pães.

“Eu nunca tinha o visto em ação, nem colocado as mãos na massa. Gostei tanto da experiência que resolvi começar a fazer meus próprios pães.”

Paula passou a produzir e a vender sob encomenda para amigos. O negócio, que começou com três ou quatro unidades por mês, hoje chega a 15. O preço dos produtos varia de R$ 15 a R$ 35.

Ela manteve o emprego e usa a produção para complementar a renda, mas diz que ser padeira é um projeto para o futuro.

Feira tem aulas e palestras sobre panificação

Quem está buscando mais informações sobre o mercado de panificação, pode acompanhar o conteúdo das palestras e aulas da Fipan (Feira Internacional da Panificação, Confeitaria e do Varejo Independente de Alimentos).

A edição deste ano está sendo realizada de forma 100% digital por causa da pandemia.

Apesar de as apresentações e a exposição terminarem nesta sexta-feira (16), o conteúdo ficará disponível na internet até a feira do ano que vem.

O conteúdo pode ser acessado no site da Fipan Digital.

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