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O que é diversificação geográfica? Veja 6 dicas antes de investir

Planejadora financeira do C6 Bank aborda as principais dúvidas dos investidores que desejam fazer diversificação geográfica

Renda Extra|Do R7

A diversificação geográfica traz uma série de oportunidades aos investidores
A diversificação geográfica traz uma série de oportunidades aos investidores A diversificação geográfica traz uma série de oportunidades aos investidores

Recomendada pelos especialistas como forma de reduzir a exposição das carteiras de investimento ao risco de um único local, a diversificação geográfica traz uma série de oportunidades. Mas antes de começar a aplicar no exterior, o investidor precisa ficar atento a alguns pontos.

A planejadora financeira do C6 Bank Larissa Frias reuniu as principais questões que devem ser consideradas por quem pretende começar a investir lá fora.

Reserva de emergência

Pode parecer óbvio, mas antes de começar a pensar em fazer investimentos internacionais, o investidor deve montar sua reserva de emergência. Trata-se de um montante reservado para ser utilizado em um momento de aperto, sem que a pessoa precise fazer uma dívida para arcar com despesas extraordinárias, como uma consulta médica emergencial, conserto do carro ou perda do emprego.

Essa quantia deve representar alguns meses dos gastos mensais do indivíduo e estar alocada em uma aplicação de renda fixa, com liquidez diária e, importante destacar, em moeda local.

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“O objetivo dessa reserva é cobrir os gastos com emergência, assim, o valor não pode estar preso em uma alocação sem liquidez ou em outra moeda. Na hora em que o investidor precisar dessa reserva, o tempo de resgate e a segurança desse investimento farão toda a diferença”, explica Larissa.

Diversificação (não só geográfica)

Na hora de investir, a maioria dos investidores começa pelos ativos do próprio país de origem, pois já tem maior familiaridade com eles, “o que é ótimo”, garante Larissa, “o investidor realmente precisa entender no que está investindo.”

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Conforme vai acumulando experiência, porém, fica claro que nem todas as melhores oportunidades estão concentradas em um só lugar. Aí começa o interesse pela diversificação geográfica.

“Além de trazer mais segurança, já que nem todo patrimônio sofrerá as consequências caso o risco do local de origem se materialize, a diversificação geográfica também pode trazer maior rentabilidade, uma vez que ela permite ao investidor, com uma boa orientação profissional, escolher as melhores oportunidades dentro de uma cartela maior de opções”, afirma a planejadora financeira.

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Ela destaca, porém, que não basta simplesmente investir em um único ativo internacional. Fazendo isso, o investidor continuará expondo seu patrimônio a um risco muito concentrado. “Por isso, assim como nos ativos locais, é importante saber escolher uma carteira de ativos diferentes também lá fora. Caso o investidor não tenha essa experiência, uma alternativa é escolher um fundo, que é gerido por um profissional remunerado para isso”, diz.

Prazo

Outra coisa que o investidor precisa ter em mente na hora de investir fora do Brasil é o prazo. A complexidade de investir em um mercado no qual o investidor não conhece tanto quanto o mercado local é inegavelmente maior, o que torna o risco de especular com esses ativos maior também.

“Investimento no exterior não é para curto prazo. Tem que ter planejamento. Além da própria oscilação dos ativos, existe o fator cambial envolvido, especificidades e até ativos para os quais não existe paralelo no Brasil”, explica Larissa. Para ela, um bom prazo de retorno para ativos internacionais é um horizonte a partir de três anos.

Oscilação cambial

Ao analisar se deseja investir fora, o investidor também deve considerar que estará trocando de moeda, o que adiciona uma nova camada de complexidade aos investimentos: agora, além da valorização ou desvalorização dos ativos, existe a oscilação da própria moeda.

O que pode ser visto como um risco, porém, também pode ser um grande atrativo. Isso porque, assim como uma desvalorização da moeda pode prejudicar o rendimento da carteira, a valorização pode compensar eventuais perdas ou até potencializar ganhos.

Caso o investidor queira se proteger da oscilação cambial, existem opções que permitem isso, mas, segundo Larissa, essa exposição costuma ser bem-vinda para nós brasileiros.

“Existem fundos que fazem o chamado hedge cambial, ou seja, protegem o patrimônio da oscilação da moeda, acompanhando apenas a rentabilidade dos ativos. No entanto, como a nossa moeda tende a se desvalorizar frente a moedas fortes como dólar ou euro, no longo prazo, estar exposto à oscilação cambial costuma beneficiar o rendimento da carteira”, diz.

Questão tributária

Um ponto de atenção aos investidores que desejam investir fora do Brasil é a questão tributária. É preciso compreender o que precisa ser declarado e como, observando tanto as regras da Receita Federal quanto, eventualmente, a de outros países.

“Investir sem observar esse fator pode trazer surpresas desagradáveis como, por exemplo, ver o imposto corroer o rendimento obtido com os investimentos ou ter dor de cabeça na hora de fazer a declaração do IR”, explica Larissa.

Veículos e tipos de ativos

Uma vez decidido a investir fora do Brasil, chegou a hora de conhecer quais são as opções disponíveis. Atualmente, é possível investir tanto em ativos internacionais listados na bolsa brasileira, como ETFs e BDRs, quanto diretamente em ativos estrangeiros, por meio de corretoras ou contas internacionais de investimento.

“O investidor precisa saber o que faz sentido para ele. ETFs e BDRs são ativos listados na bolsa local que permitem ao investidor acessar alguns ativos estrangeiros daqui, com menor custo, mas também com menor diversidade e possivelmente com menos liquidez comparado a ativos locais”, explica Larissa, “mas caso o cliente tenha objetivos de longo prazo, ter uma conta internacional de investimentos pode fazer mais sentido, pois ela permitirá acessar ativos muito mais diversos. Cada opção tem seus prós e contras.”

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