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O que é reserva de emergência? Entenda a importância dela para o seu bolso

Especialistas afirmam que trabalhador precisa ter orçamento guardado para imprevistos

Renda Extra|Johnny Negreiros, do R7*

Reserva emergencial é importante quando o trabalhador está desempregado
Reserva emergencial é importante quando o trabalhador está desempregado Reserva emergencial é importante quando o trabalhador está desempregado

A reserva de emergência é uma recomendação feita por educadores financeiros a todas as pessoas. No entanto, muitos ainda não entendem o que ela é e qual sua importância.

Como o próprio nome diz, trata-se de um dinheiro guardado para imprevistos que exigem gastos repentinos. A reserva de emergência é importante para quem perdeu o emprego, por exemplo.

Vale ressaltar que ela precisa poder ser rapidamente sacada, com o objetivo de o valor ser aplicado imediatamente. Essa característica é chamada de liquidez pelo mercado financeiro.

No geral, são situações cotidianas, que podem acontecer a qualquer momento. Uma delas pode ser um acidente de carro. É o que diz Rogério Araújo, educador financeiro e líder educacional na Empiricus Investimentos.

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Por exemplo%2C digamos que eu bati o carro e o seguro tinha vencido. Eu me esqueci que tinha vencido. Então%2C eu vou ter que pagar pelo conserto do carro%3A é uma emergência. Outro caso%3A tive que fazer uma cirurgia de emergência e acabei pagando cirurgião ou anestesista. Então eu uso o dinheiro dessa reserva.

(Rogério Araújo, educador financeiro.)

De forma semelhante, a educadora financeira Simone Sgarbi diz preferir chamar a ferramenta de “reserva de sossego”.

“O objetivo dessa reserva é ter um dinheiro à mão no caso de qualquer eventualidade. Isso evita que a pessoa caia no uso do cheque especial, solicite empréstimos ou use o cartão de crédito como dinheiro no caso de alguma emergência, sem nem saber como vai fazer para pagar a fatura no mês seguinte”, afirma ela.

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Onde aplicar

Assim, a reserva de emergência precisa ser um dinheiro investido em algum fundo ou título que possa ser resgatado a qualquer momento. É a orientação dos especialistas ouvidos pelo R7.

Eles listaram algumas opções de investimento nessa linha: Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária ou Fundos DI com taxa zero de administração. Todos eles são de renda fixa. Em outras palavras, garantem remunerações regulares todo mês.

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O Tesouro Selic equivale aos títulos de dívida da União. Na prática, é um empréstimo para o governo brasileiro.

Essa opção é considerada a mais segura no mercado, com menor risco de calote. Isso porque, em último caso, um governo pode emitir a própria moeda para pagar suas dívidas.

Nela, seu dinheiro pode ser sacado a qualquer momento, sem prejuízos. A rentabilidade do Tesouro Selic, ou seja, quanto o investidor lucra com isso, está atrelada à Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente, ela está em 13,75% ao ano.

O título está disponível para compra no site do Tesouro Nacional, em bancos e em corretoras de investimento.

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Na plataforma, há mais de uma alternativa. É necessário ter cuidado para não confundir o título Tesouro Selic com o Tesouro Prefixado, que tem prazo e funcionamento diferentes.

De maneira semelhante, o Fundo DI é um grupo de quase somente títulos públicos. É como se o investidor estivesse comprando vários títulos de uma vez só. O fundo pode ser adquirido na maior parte dos bancos e das corretoras.

No entanto, o Fundo DI às vezes tem taxa de administração, que é um pagamento exigido para os funcionários que gerem aquele investimento. Portanto, segundo Simone Sgarbi, somente aqueles que não possuem essa taxa devem ser utilizados como reserva de emergência.

Já o CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário. Nesse caso, o investidor está emprestando dinheiro para um banco. Nele, o capital também pode ser resgatado a qualquer momento.

Esse título tem ganhos associados à taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que tradicionalmente tem valor próximo à Selic. O CDB pode ser comprado em bancos, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.

Quanto aplicar

Segundo Rogério Araújo, é necessário planejamento financeiro para construir uma reserva de emergência “suficiente”. Para alcançá-la, é necessário que ela dê conta de seis meses dos gastos do investidor.

É o mesmo prazo mencionado por Sgarbi. Porém, de acordo com ela, o recurso deve ser capaz de durar por 12 meses “para ter tempo de recuperar a rota”, caso o investidor seja empreendedor.

Nesse contexto, o educador financeiro diz que seria necessário investir, mensalmente, 5% do salário na reserva de emergência.

“Se você é uma pessoa que ganha um salário mínimo, que hoje está em R$ 1.302, você vai ter que poupar 5% disso, ou seja, R$ 65 por mês. Então, você poupando R$ 65 por mês, em 10 meses, você já vai ter metade da sua renda mensal, por exemplo. Em cinco anos, você já vai ter dinheiro suficiente para passar por qualquer crise”, opina ele.

Por outro lado, Simone Sgarbi acredita que “não existe um valor mensal ideal para investir”

“O que existe é o valor que vai te dar essa tranquilidade, então o recomendado é que se monte essa reserva o quanto antes e só a utilize em caso de emergência mesmo”, completa ela.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas

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