O custo da cesta básica paulistana teve alta de 8,12% em abril, passando de R$ 798,10 para R$ 862,87. No ano, a variação chegou a 10,04%.
O aumento foi divulgado nesta quinta-feira (14) e constatado numa pesquisa feita pelo Procon-SP e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Leia mais: Preço do feijão sobe 62% e faz cesta registrar alta de 10,66% em 2019
O grupo de higiene pessoal foi o que apresentou a maior variação (11,09%) no período. Na sequência aparecem alimentação (7,73%) e limpeza (9,68%).
Dos 39 produtos pesquisados, na variação mensal, 36 apresentaram alta e três diminuíram de preço.
Os produtos que mais subiram foram:
• Cebola (kg) - 31,28%
• Pacote de papel higiênico fino branco (4 unidades) - 27,74%
• Feijão carioquinha (kg) - 19,30%
• Batata (kg) - 17,56%
• Sabão em barra (unidade) - 17,27%
Cebola acumula maior alta no ano
De acordo com levantamento do Procon-SP, em março, o preço médio do quilo da cebola era R$ 3,90 e, em abril, subiu para R$ 5,12. O aumento foi de 31,28%.
“As chuvas no Nordeste, os reduzidos estoques no Sul e a limitação das importações de cebola argentina devido à covid-19 tiveram como resultado a expressiva alta de valor do bulbo”, explica a nota do Procon.
Leia mais: Preço da batata sobe 9,76% e eleva cesta básica em 0,70% em janeiro
O levantamento também apontou que a cebola foi o produto com a maior elevação acumulada no ano, de 46,29%.
Em dezembro de 2019, o valor médio era R$ 3,50 e passou para R$ 5,12, em abril de 2020.
Feijão e batata também subiram
O feijão, que registrou o maior aumento da cesta básica no ano passado, atingindo alta de 62,61%, também subiu de março para abril.
O preço médio do quilo do grão teve elevação de 19,30%, passando de R$ 5,75 para R$ 6,86.
Leia mais: Tomate puxa alta e preço da cesta básica aumenta em 15 capitais
A batata, grande vilã da cesta básica em janeiro, também teve o preço médio do quilo elevado em abril.
Passou de R$ 4,50, em março, para R$ 5,29, em abril. Atingindo uma variação foi de 17,56%.
Em 2020, o acumulado foi de 43,36%. O preço passou de R$ 3,69, em dezembro de 2019, para R$ 5,29, em abril de 2020.
As principais quedas foram constatadas nos seguintes itens:
• Frango resfriado inteiro (kg) - 3,24%
• Açúcar refinado (5 kg) - 1,04%
• Creme dental (tubo 90g) - 0,75%
Preço do kg da carne sobe 14,89%
A carne, grande vilã da inflação em 2019, também registrou alta de preço. Em média, o quilo da carne de primeira subiu 14,89%, passando de R$ 28,28, em março, para R$ 32,49, em abril.
Leia mais: Blitz da Patrulha do Consumidor flagra preços abusivos em itens da cesta básica
No período, o aumento médio da carne de segunda foi de 5,03%. Passou de R$ 23,46 para R$ 24,64.
Sabão em pedra puxa preço de cesta de limpeza
Na área de limpeza, os produtos que sofreram mais aumento foram:
• Sabão em barra (17,27%);
• Sabão em pó (16,59%);
• Limpador multiuso (5,74%);
• Detergente (3,29%);
• Amaciante (2,17%); e
• Água sanitária (1,56%).
Leia mais: É hora de negociar aluguel, conta de telefone, TV a cabo e outros gastos?
Em março, as despesas médias do paulistano com itens de limpeza foram de R$ 43,68, enquanto em abril foram de R$ 47,91, ou seja, alta de 9,68%.
Higiene tem apenas creme dental com queda de preço
Os preços dos produtos de higiene registraram alta de 11,09% em abril.
Enquanto em março o paulistano gastou, em média, R$ 66,45, para comprar produtos de higiene, no mês passado foi preciso desembolsar R$ 73,82.
A maioria dos produtos sofreu aumento:
• Papel higiênico (27,74%);
• Desodorante (12,60%);
• Absorvente (9,16%); e
• Sabonete (2,21%);
Leia mais: Sobrou mês no fim do salário? Veja 8 dicas para seu dinheiro render mais
Apenas o creme dental registrou queda de 0,75% no mês.
Confira a íntegra da pesquisa neste link.