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Preços da batata, cebola, alface e tomate sobem no atacado 

A exceção é a cenoura, que apresentou queda de preço na maioria das Ceasas (Centrais de Abastecimento)

Renda Extra|

Os maiores aumentos foram da cebola (+37,18%) e do tomate (+18,79%)
Os maiores aumentos foram da cebola (+37,18%) e do tomate (+18,79%) Os maiores aumentos foram da cebola (+37,18%) e do tomate (+18,79%)

O preço da alface, da batata, da cebola e do tomate no atacado registrou em novembro um movimento preponderante de alta. A exceção é a cenoura, que apresentou queda de preço na maioria das Ceasas (Centrais de Abastecimento) analisadas, repetindo a tendência dos meses anteriores, como constata o 12º Boletim do Prohort (Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro) 2022, da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado nesta sexta-feira (16).

A Conab explica que o estudo é realizado com as hortaliças e as frutas de maior representatividade na comercialização nas Ceasas do país e que têm maior peso no cálculo do índice de inflação oficial, o IPCA (índice nacional de preços ao consumidor amplo).

Os maiores aumentos foram no preço da cebola (+37,18%) e do tomate (+18,79%). No caso da cebola, afirma a Conab em comunicado, a tendência de alta vem sendo observada desde novembro de 2021, tendo culminado no maior nível de preços da série em novembro de 2022.

Em relação ao tomate, deve-se considerar que, desde setembro, a oferta está estável (tendo o pico ocorrido em agosto deste ano). O quadro de chuvas nas regiões produtoras dificulta a colheita e retarda a maturação do fruto, o que afeta negativamente a oferta, esclarecem os técnicos da companhia.

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No caso da batata, apesar da estabilidade na oferta, os preços continuam em alta. Isso porque as chuvas constantes e muitas vezes intensas comprometem a colheita e puxam os preços para cima, relata a Conab no boletim.

As chuvas na maioria das regiões produtoras também têm comprometido a produção de alface, reduzindo a oferta e elevando a cotação da verdura. "No primeiro decêndio de dezembro não se observa uniformidade no movimento de preços", relata a empresa.

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A Conab diz ainda que, em novembro, apesar da redução de 2% na oferta de cenoura em relação a outubro, os níveis estão cerca de 25% superiores às quantidades registradas em fevereiro e março. Com isso, registra-se "continuidade no movimento de queda de preços em quase todos os mercados atacadistas analisados".

Feira livre no bairro de Perdizes, na zona oeste da capital paulista
Feira livre no bairro de Perdizes, na zona oeste da capital paulista Feira livre no bairro de Perdizes, na zona oeste da capital paulista

Frutas

A banana e o mamão apresentaram queda de preço em alguns mercados, apesar da alta na média ponderada. O valor da banana chegou a cair 10,45% na Ceasa de São José (SC), na Grande Florianópolis, e 7,97% em Brasília (DF). Contudo, na média ponderada entre todas as Ceasas analisadas, a fruta teve alta de 5,34% e fechou o período com cotação de R$ 3,70/kg.

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No caso do mamão, o preço chegou a cair 26,54% em Rio Branco (AC) e 11,3% em Goiânia (GO), porém a média ponderada indicou alta de 0,83%, com cotação de R$ 5,19/kg. A queda em alguns entrepostos justifica-se principalmente pela fraca demanda, pelos altos preços cobrados nos períodos anteriores e pela presença de frutas mais baratas no mercado após a normalização do abastecimento com o desbloqueio das estradas.

Quanto às demais frutas, foi observado um aumento geral de preços, em especial no da laranja (+4,41%) e no da melancia (+8,13%). Para a laranja, a alta das cotações e a oferta controlada pela grande demanda industrial foram a tônica mensal.

Já a melancia teve a alta de preço justificada pelo declínio da colheita em Ceres (GO) e pelo início da safra em diversas microrregiões de São Paulo e no sul da Bahia, em meio a uma demanda regular. Parte da safra baiana foi antecipada para minimizar o efeito das intensas chuvas nas regiões produtoras.

Natal

O aumento nos custos relacionados ao frete e a outros insumos provocou a alta de preços e a queda da comercialização das frutas tipicamente consumidas nas festas de fim de ano. Outro fator relevante é a inflação mundial, que impactou especialmente o custo das frutas importadas, disse a Conab, que nesta edição de seu boletim trouxe um capítulo especial com a avaliação da comercialização das frutas natalinas.

Frutas de caroço, como o pêssego e a ameixa, mantiveram preços com poucas oscilações no ano, mas com crescimento consistente em relação ao ano de 2021.

Outra iguaria muito consumida nesta época do ano é a cereja, que o Brasil compra principalmente da Argentina e do Chile. Com a desvalorização do real e a consequente absorção da inflação internacional, o produto chegou ao atacado com preços elevados.

Já a romã, no Brasil cultivada em São Paulo, Bahia e Pernambuco, observou queda próxima de 90% nas importações em relação a 2020, o que mostra a redução da comercialização no país na esteira das instabilidades econômicas e da contenção da renda da população.

No caso do damasco, fruta que há tempos tem valor de comercialização alto e assim tende a permanecer, as vendas nos entrepostos atacadistas tiveram baixa de 31% até novembro de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado, e as importações tiveram uma pequena queda, de 3,85%.

Por fim, na contramão das demais espécies, a uva deve chegar aos mercados de atacado e varejo com preços acessíveis, apesar da queda de 7% na comercialização, considerando-se o agregado das Ceasas analisadas.

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