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Rentabilidade do aluguel perde para investimentos tradicionais

Locações proporcionaram retorno de 4,66% aos proprietários de imóveis ao longo do ano passado, aponta Índice FipeZap

Renda Extra|Alexandre Garcia, do R7

Retorno do aluguel em 2021 perde para a poupança
Retorno do aluguel em 2021 perde para a poupança Retorno do aluguel em 2021 perde para a poupança

Os proprietários de imóveis alugados como forma de investimento tiveram uma grande decepção no ano passado, período em que a rentabilidade das locações foi de 4,66%, de acordo com o Índice FipeZap.

O percentual contabilizado pelo indicador, que acompanha o comportamento do preço médio do aluguel nas principais cidades brasileiras no período de 12 meses finalizado em dezembro, é inferior ao apresentado pelas mais tradicionais aplicações no Brasil no cenário atual, inclusive a caderneta de poupança.

Atualmente, com a taxa básica de juros no patamar de 9,25% ao ano, a aplicação preferida dos brasileiros rende 0,5% ao mês, o equivalente a 6,17% ao ano, conforme determinação da lei nº 12.703, de 2012.

Além de trazer um retorno inferior ao da poupança, a rentabilidade das locações é menor que a de outros investimentos com igual segurança e liquidez diária, caso do Tesouro Selic, que oferece um retorno na casa dos 9,15% ao ano no atual nível da Selic.

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De acordo com levantamento do buscador de investimentos Yubb, apostas em CDBs de bancos médios (11,9%), LCI (9,33%) e debêntures incentivadas (13,82%) surgem como opções atrativas que pagam mais que o dobro do retorno obtido com as locações no ano passado.

Para Pedro Tenório, economista do DataZAP+, a perda de atratividade não representa um motivo para crer que o imóvel será abandonado como forma de investimento. "Os proprietários precisam avaliar se vale a pena, dado seu plano financeiro, vender o imóvel agora para aplicar em outro ativo", afirma ele.

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"Em 2015 e 2016, os diferenciais entre CDI e rendimento dos aluguéis foram superiores aos atuais e vários proprietários mantiveram os imóveis, o que sugere a manutenção dos imóveis como ativos com fim de investimento no momento atual", explica Tenório.

Conforme os dados do FipeZap, o retorno médio do aluguel residencial tem recuado marginalmente desde meados de 2020, o que explica a recente superação da taxa pela rentabilidade média projetada para aplicações financeiras.

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Para os próximos meses, Tenório avalia que a tendência é de aumento da rentabilidade do aluguel. "O preço da venda de imóveis foi estimulado durante a pandemia, enquanto o preço do aluguel estava fragilizado até o fim do primeiro semestre de 2021, o que derrubou a rentabilidade do imóvel nesse período", observa o economista

"O movimento ocorre em razão do aumento da taxa Selic ao longo de 2021, pressionando a alta das taxas de juros de financiamento imobiliário, o que desacelera o mercado de compra de imóveis. Ocorre também em decorrência do avanço da vacinação, que permitiu uma situação sanitária mais amena, de forma que o nível de ocupação aumentou em 2021, além da alta do IPCA, que pressiona os locadores a repassar parte da perda do seu poder de compra aos inquilinos", completa Tenório.

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