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Salada vip: de 2012 para cá, cenoura e tomate subiram 10 vezes mais que os salários

Alface não ficou muito atrás, com valorização de 192% no período; comparação levou em conta preços do Ceasa e a variação nos holerites dos brasileiros, com dados apurados pelo IBGE

Renda Extra|Marcos Rogério Lopes, do R7

Na quinta-feira (31), o IBGE divulgou que o salário médio real dos trabalhadores nunca foi tão baixo desde que o levantamento começou a ser feito pelo instituto, em 2012.

Isso quer dizer que dez anos depois compra-se menos nas feiras, os carrinhos de supermercado ficam mais vazios e o salário dificilmente consegue atravessar o mês.

Os R$ 1.669,70 pagos em fevereiro de 2012 representariam hoje, reajustados pela inflação, R$ 2.554. No mesmo mês, mas em 2022, os funcionários recebem em média R$ 2.511, de acordo com o IBGE.

Se os R$ 43 de diferença nem parecem tanto assim, o drama aumenta se pensarmos que muitos alimentos deixaram a inflação do período comendo poeira e tornaram ainda menor o poder de compra.

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Estão nos ingredientes típicos da salada brasileira alguns dos vilões das famílias do país. Enquanto o salário médio subiu 50% em 10 anos, a cenoura avançou 542%, levando em consideração os preços no atacado apurados pelo Ceasa na cidade de São Paulo, maior mercado consumidor nacional. O produto custava R$ 1,28 o quilo em 2012 e passou a R$ 8,23 em 2022.

O tomate não ficou muito atrás. Saía por R$ 1,25 o quilo no atacado e, após dez anos, passou para R$ 7,70 (516% acima). O alface está 192% mais caro e a cebola, 117%.

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