A caderneta de poupança fechou 2021 com saque líquido de R$ 35,4 bilhões, depois de ter captado em 2020 mais de R$ 166 bilhões, o melhor desempenho da história, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (6).
No ano passado, os saques superaram os depósitos no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) em R$ 34,7 bilhões. Já na poupança rural as saídas foram menores, de R$ 741,4 milhões.
Em dezembro de 2021, no entanto, a poupança registrou a entrada líquida de R$ 7,6 bilhões, sendo R$ 6,1 bilhões no SBPE e R$ 1,5 bilhão na poupança rural.
Alta de juros
Com a última decisão do BC que elevou a taxa básica de juros ao patamar de 9,25%, o rendimento das cadernetas de poupança foi alterado. Sempre que a Selic supera o percentual de 8,5% ao ano, os ganhos da caderneta passam a ser de 0,5% ao mês, o equivalente a 6,17% ao ano, conforme determinação da lei nº 12.703, de 2012.
O rendimento da poupança estava em 70% da Selic + TR (Taxa Referencial) desde julho de 2017. Com a mudança, a aplicação na caderneta continuará representando uma perda real para os poupadores, apesar de ser um pouco maior.
Ao simular a inclusão de R$ 1.000 na poupança hoje, o rendimento na aplicação será de R$ 1.061,20 após um ano. Com os juros no patamar anterior, de 7,75% ao ano, o ganho era de R$ 1.054,25, valor referente a 70% da Selic (5,425%) + TR (que atualmente é nula).