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Tire suas dúvidas sobre o novo complemento à aposentadoria, o RendA+

O novo serviço não pretende substituir a Previdência Social e pode ser adquirido no site do Tesouro

Renda Extra|Johnny Negreiros, do R7*

Imposto de Renda incide também no RendA+, assim como nos outros títulos do Tesouro
Imposto de Renda incide também no RendA+, assim como nos outros títulos do Tesouro Imposto de Renda incide também no RendA+, assim como nos outros títulos do Tesouro

Desde a última segunda-feira (30), o lançamento do governo já pode ser comprado. O RendA+ foi criado pelo Tesouro Nacional para ser um complemento à aposentadoria de quem adquiri-lo.

Tire suas dúvidas sobre o novo serviço aqui.

1. O RendA+ substitui a Previdência normal?

Não, o RendA+ não pretende substituir os serviços do INSS (Instituto Nacional do Seguro Nacional), e há diferenças entre as duas ferramentas.

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O novo título tem remuneração durante 20 anos, enquanto a Previdência Social é um benefício vitalício. Ainda, os valores necessários para atingir o piso do benefício público é menor, em comparação aos recursos do RendA+.

Além disso, o INSS oferece outros pagamentos, como auxílio de invalidez, pensão por morte e salário-maternidade.

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2. Como é essa remuneração?

O beneficiário do título receberá uma renda extra mensalmente durante 20 anos, semprecom correção pela inflação. O valor a ser recebido dependerá de quanto for investido.

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3. Posso investir aos poucos ou preciso depositar tudo de uma vez?

Os depósitos no RendA+ podem ser feitos de uma vez só ou ao longo do tempo. Assim, uma pessoa pode investir R$ 10 mil em uma única transação ou pôr R$ 500 durante 20 meses, por exemplo.

4. Quais as diferenças entre o RendA+ e os demais títulos do Tesouro Direto?

O RendA+ dá direito a uma remuneração mensal, o que facilita o planejamento da aposentadoria. Já no Tesouro IPCA+, por exemplo, o pagamento é feito de uma única vez, após o vencimento.

Além disso, a retirada do investimento ocorre sem custo de operacionalização, se for realizada após a data de vencimento. Neste momento, as datas disponíveis são: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065.

Por outro lado, há um período de carência de 60 dias. Ou seja, o usuário não pode sacar o dinheiro antes que se completem dois meses desde que ele comprou o título. Isso não acontece com os demais títulos.

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Em relação ao IR (Imposto de Renda), funciona da mesma forma. Ou seja, se o valor for retirado até 180 dias após o investimento inicial, 22,5% do dinheiro ficará com o governo. Entre 181 e 360 dias, 20%. Entre 361 e 720 dias, 17,5%.

Acima de 721 dias, a proporção será de 15%. Portanto, esse valor será também utilizado para o pagamento do IR em cima dos rendimentos do RendA+. No caso, a tributação ocorrerá toda vez que o usuário receber uma parcela da renda extra.

5. Posso sofrer calote com o RendA+?

Dificilmente. Os títulos do Tesouro são considerados o investimento mais seguro do mercado brasileiro. Isso porque o governo pode emitir mais moeda para pagar as próprias dívidas, em último caso.

Como comprar

Para comprar os títulos, siga o passo a passo.

1. Acesse o site do Tesouro Nacional (clique aqui). Há a opção de simular um investimento, ao determinar a quantia desejada como salário no futuro e qual o atual orçamento para depositar no título.

Na página, é necessário fazer login. Preencha com as informações necessárias.

2. Na aba Acompanhar, aperte em 'Investir agora'.

3. Em seguida, desça até as opções TESOURO RENDA+, na cor roxa. Escolha uma data de vencimento, consulte as condições e a rentabilidade e clique em 'Adicionar'.

4. Dessa forma, seu produto terá aparecido no carrinho. Clique no devido ícone.

5. Depois, role até a opção 'Investir', em verde.

Se um aviso vermelho aparecer na tela, signfica que a corretora de investimentos do usuário só permite a compra do RendA+ pelo aplicativo ou pelo site dela. Nesse caso, quem tiver interesse no título precisa entrar nos canais da sua intermediária.

Previdência social seria insuficiente

De acordo com o Tesouro Nacional, 46% dos aposentados acreditam que a pensão da Previdência Social não é suficiente para arcar com contas e despesas pessoais.

Além disso, 89% dos brasileiros afirmam que “é muito importante investir para ter uma situação financeira confortável na aposentadoria”.

João Victorino, especialista em finanças pessoais com formação na USP (Universidade de São Paulo), fala sobre a situação:

“As pessoas não podem contar apenas com o benefício pago pela Previdência oficial, porque ele tem valores muito baixos. No Brasil, o maior valor que pode ser pago como benefício, em 2023, será de R$ 7.718,69, para aqueles que conseguiram contribuir com o máximo, e por muito tempo”.

No ano passado, o valor máximo pago pela Previdência foi de R$ 7.087,22. Para Victorino, é necessário guardar dinheiro para o momento da aposentadoria.

“A solução é que cada um de nós, desde quando começamos a nossa jornada produtiva, nos preocupemos com o futuro e em criar nosso plano, que deve incluir possuir fundos de reserva que consigam cobrir os gastos futuros que teremos no período da aposentadoria”, analisa o especialista.

Simulação 1

Uma pessoa investe R$ 10 mil em janeiro de 2023 em títulos do Tesouro RendA+ 2045, ou seja, com vencimento em 2045. Suponha-se que a taxa de retorno, que dependerá da inflação, será de 6% ao ano.

Essa aplicação garantiria ao investidor uma renda mensal de R$ 252,84 durante 20 anos, com início em janeiro de 2045 e término em dezembro de 2064. Isso totalizaria um rendimento de R$ 60,68 mil.

Simulação 2

Uma pessoa investe R$ 117,00, mensalmente, a partir de janeiro de 2023, no mesmo Tesouro RendA+ 2045, ou seja, com vencimento em 2045.

Essa aplicação garantiria ao investidor uma renda mensal de aproximadamente R$ 252,84 durante 20 anos, com início em janeiro de 2045 e término em dezembro de 2064. No total, seriam R$ 60,9 mil de salário extra.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas

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